A peça foi encontrada no piso da residência de Públio Védio Polião, uma figura proeminente da sociedade da época
Arqueólogos italianos descobriram um rico mosaico de peças brancas de moldura preta decorando o piso de uma rica construção romana localizada no Parque Arqueológico de Pausilypon.
O local contém as ruínas daquilo que, durante o Império Romano, foi um bairro de elite, abrigando membros do Senado e cavaleiros veteranos. Entre seus muitos moradores abastados, esteve o proeminente Públio Védio Polião, considerado como o braço direito do imperador Augusto.
A figura entrou para a História devido ao tratamento abusivo que dispensava aos seus escravos. Isso, pois Polião supostamente punia com uma morte dolorosa aqueles que o aborreciam, jogando-os em um lago repleto de enguias, segundo repercutido pelo portal Arkeonews.
A riqueza do amigo do imperador era tanta que, em 1 a.C., ele construiu uma verdadeira vila dentro do bairro nobre romano.
Além de sua residência, ele possuía uma casa de banhos, um pequeno anfiteatro para competições musicais, um ninfeu (santuário dedicado às ninfas aquáticas) e um grande anfiteatro com capacidade para 2 mil pessoas.
As construções foram deixadas para o próprio Augusto após a morte do homem, ocorrida em 15 d.C, e depois se tornaram parte do patrimônio do Império, sendo passadas de governante em governante.
O mosaico, que decorava o piso da residência de Públio Védio Polião, ainda precisa passar pela datação de radiocarbono, que revelará quando foi confeccionado. Ainda de acordo com o Arkeonews, as estimativas iniciais dos pesquisadores são de que a obra de arte remonta ao final da Era Republicana ou ao reinado de Augusto em si.