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Notícias / Arqueologia

Mosaico de seixo com sátiros nus é descoberto na Grécia

Durante escavações na antiga cidade grega de Erétria, arqueólogos descobriram um raro piso de mosaico do século 4 a.C. representando dois sátiros

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 05/08/2024, às 11h35

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Mosaico e local da escavação - Divulgação/Ministério da Cultura da Grécia
Mosaico e local da escavação - Divulgação/Ministério da Cultura da Grécia

Recentemente, arqueólogos gregos descobriram, durante escavações na cidade de Erétria, um raro piso de mosaico de seixos, onde há dois sátiros nus representados. A descoberta foi divulgada em comunicado no Facebook pelo Ministério da Cultura da Grécia.

Segundo o Heritage Daily, Erétria foi fundada na ilha grega de Eubeia e, entre os séculos 6 e 5 a.C., destacou-se como uma importante pólis e centro comercial da Grécia Antiga. Ela inclusive é descrita em uma série de registros históricos, e possui participação em eventos significativos — por exemplo, foi listada por Homero, na 'Ilíada', como uma das cidades que enviou navios para lutar na Guerra de Troia.

Além disso, a cidade também possui importância na rebelião jônica contra a Pérsia, ocorrida em 499 a.C.. Tanto Erétria quanto Atenas enviaram ajuda aos jônicos aliados, o que acarretou na eventual queima de Sardes, antiga capital da satrapia (território) persa da Lídia.

Descoberta

Durante escavações recentes em Erétria, arqueólogos do Ministério da Cultura grego encontraram um antigo edifício próximo ao santuário de Daphniforos Apollo, datado de cerca do século 4 a.C.. Porém, o que mais surpreendeu na descoberta foi o que encontraram no piso do local.

Conforme descrito em comunicado, o mosaico era feito de seixos naturais, e ainda havia restos das paredes do edifício nos lados sul e leste. Além disso, é visível no mosaico um medalhão preto circular, com dois sátiros — espíritos da natureza, meio humanos e meio feras, descritos geralmente com pernas de bode — nus representados.

Ainda segundo o Heritage Daily, os sátiros eram considerados pelos gregos antigos como companheiros do deus Dionísio — deus grego do vinho, das festas, da alegria e do teatro —, e habitariam florestas, montanhas e pastos.

Além do mosaico, os arqueólogos também encontraram um piso elevado nos lados norte e leste da sala, que provavelmente era, no passado, um espaço de banquete para celebrações e reuniões.

Os arqueólogos também descobriram que, no início da era cristã na região (entre os séculos 5 e 6 d.C.), a área serviu como um cemitério, o que foi evidenciado após encontrarem dez túmulos no edifício.