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Notícias / NASA

Morre Thomas Stafford, comandante da Apollo 10

Além da missão que serviu como ensaio geral para pouso na Lua, Tom também comandou missão cooperativa entre EUA e União Soviética

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 19/03/2024, às 10h07

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O astronauta Thomas Stafford - Reprodução / NASA
O astronauta Thomas Stafford - Reprodução / NASA

O astronauta da NASA, Thomas P. Stafford, de 93 anos, teve sua morte confirmada na última segunda-feira, 18. Stafford foi comandante do voo que serviu de ensaio geral para o pouso na Lua em 1969 e também da primeira missão espacial entre Estados Unidos e União Soviética. 

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"Hoje, o general Tom Stafford foi para os céus eternos que ele tão corajosamente explorou como astronauta [dos programas] Gemini e Apollo, bem como pacificador na Apollo-Soyuz", disse Bil Nelson, administrador da agência espacial norte-americana, em post no X, antigo Twitter. 

Nós, que tivemos o privilégio de conhecê-lo, estamos muito tristes, mas gratos por termos conhecido um gigante", prosseguiu.

Segundo recorda o The New York Times, Tom era um general de três estrelas aposentado da Força Aérea, tendo participado de quatro missões espaciais — ele foi um dos 24 astronautas da NASA que voou para a Lua, embora não tenha pousado nela

Selecionado na segunda classe de astronautas da NASA, em 1962, Stafford fez parte da missão Gemini 6, de 1965, ao lado de Walter 'Wally' Marty Schirra Jr.; que foi cancelada quando eles já estavam na plataforma de lançamento. 

A dupla ainda esteve junta na missão Gemini 6A, que fez uma manobra ousada no espaço ao ficar apenas 30 centímetros de distância da Gemini 7. "Nunca tínhamos feito aquilo, ter duas espaçonaves juntas na missão", recordou, anos depois, conforme relembra a AFP.

Preparação para o pouso na Lua

Na missão Apollo 10, em maio de 1969, Stafford foi comandante da operação que preparou o terreno para a histórica missão Apollo 11 apenas dois meses depois. Na ocasião, ele e Gene Cernan levaram o módulo lunar apelidado de Snoopy a 14 quilômetros da superfície lunar; enquanto o astronauta John Young ficou para trás na nave principal Charlie Brown.

Após o fim da Corrida Espacial, Estados Unidos e União Soviética uniram forças para uma missão conjunta de acoplagem, a Apollo-Soyuz, que teve Tom como comandante do lado americano. 

Mais tarde, recorda o NYT, o general Stafford foi uma parte central das discussões na década de 1990 que levaram a Rússia à parceria na construção e operação da Estação Espacial Internacional.

Após sua aposentadoria como astronauta em missões, Tom se tornou interlocutor da NASA durante as buscas da agência espacial por aconselhamentos independentes sobre temas como missões humanas em Marte; questões de segurança e retorno de vôo após o acidente com o ônibus espacial Columbia em 2003. 

Ele também foi presidente de um grupo de supervisão que investigou e consertou o então defeituoso Telescópio Espacial Hubble, ganhando um prêmio de serviço público da NASA.