Durante décadas, a família do britânico acreditou que ele teria abandonado esposa e seis filhos, mas detalhe observado por neto causou reviravolta no caso
Há 57 anos, Alfred Swinscoe, um mineiro de Derbyshire, Inglaterra, desapareceu após ir a um bar, e por décadas a principal teoria dizia que ele havia sumido voluntariamente.
Acreditava-se que Alfred havia abandonado a esposa e seus seis filhos para começar uma nova vida em outro lugar. Assim, Russell Lowbridge, neto do homem em questão, cresceu sabendo que não devia perguntar sobre o que aconteceu com seu avô, segundo relatou ao "Daily Mirror".
No entanto, em abril do ano passado, Russell viu uma postagem da polícia nas redes sociais sobre um corpo encontrado em uma fazenda da região.
Como destacou o portal Extra, ao observar as imagens, ele notou algo que o chocou profundamente: o par de meias encontrado no corpo era idêntico ao que Alfred usava na noite em que desapareceu. Lembrando-se das meias que seu avô deixara em casa e com as quais costumava brincar quando criança, Russell entrou em contato com a polícia. Um teste de DNA confirmou que o corpo era de Alfred Swinscoe.
"Ele foi assassinado de forma bastante cruel. Houve traumatismo contundente na cabeça e traumatismo contundente nas linhas da mandíbula, então pode ter sido a ponta de uma pá e possivelmente uma facada depois", disse o neto, de acordo com a fonte. "Eles disseram que ele lutou pela vida. Havia sinais de uma mão quebrada, como se ele tivesse dado um bom gancho de direita em alguém."
"E eles encontraram traumas em suas costelas e costas, como se ele estivesse lutando com alguém e eles o estivessem socando nas costelas. A polícia acredita que ele foi deixado em algum lugar por uma semana ou mais antes de enterrá-lo, porque faltavam dedos e costelas, como se ele tivesse sido comido por raposas e texugos. Quem o matou voltou para garantir que ele nunca fosse encontrado", prosseguiu.
O local onde o corpo foi descoberto, um bosque, era conhecido na década de 1960 por ser ponto de encontros gays, num período em que a homossexualidade era ilegal na Inglaterra. Russell questiona se isso teve alguma relação com o crime.
Um dos maiores choques para a família foi descobrir que os principais suspeitos do crime, já falecidos e não identificados pela polícia, eram pessoas próximas. Russell revelou que mantém contato diário com os netos dos dois supostos assassinos, o que tornou a revelação ainda mais dolorosa.
Em janeiro, após mais de cinco décadas, Alfred foi finalmente sepultado em um cemitério de Sutton-in-Ashfield.
