Ministra Sonia Guajajara recebe prêmio ambiental da ONU

Nesta terça-feira, 10, a atual Ministra dos Povos Indígenas do Brasil, Sonia Guajajara, foi uma das vencedoras do prêmio Campeões da Terra. Esta, por sua vez, é a maior honraria ambiental oferecida pela Organização das Nações Unidas, com o objetivo de homenagear indivíduos e organizações com ações transformadoras no meio-ambiente.

Neste 2024, segundo anunciado na cerimônia de entrega, foram premiadas "pessoas e organizações que estão trabalhando em soluções inovadoras e sustentáveis para restaurar terras, aumentar a resiliência à seca e combater a desertificação", de maneira específica. Sonia Guajajara, por sua vez, foi vencedora na categoria "liderança política".

Durante a apresentação do resultado, vale mencionar, foi enfatizado o envolvimento de Sonia Guajajara na defesa dos direitos indígenas há mais de vinte anos, sendo ela "a primeira ministra dos Povos Indígenas do Brasil e a primeira ministra indígena do país em 2023", conforme nota do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma).

Além disso, o Pnuma também destacou que, "sob sua liderança, dez territórios indígenas foram demarcados, afastando o desmatamento, a extração ilegal de madeira e o trágico de drogas".

"Respeito à mãe Terra"

Após a vitória, Guajajara disse que a conquista "reforça a responsabilidade e o compromisso de seguirmos defendendo [o meio ambiente] e conscientizando as pessoas sobre a urgência de protegermos a biodiversidade do nosso planeta", conforme repercute a Folha de S. Paulo.

Ela ainda mencionou que o mundo vive, atualmente, um momento bastante desafiador em vários espectros, não só ambiental, mas também social e político. Por isso, ela reforça o papel dos povos indígenas, ao menos no que se refere aos esforços de preservação da natureza.

"A sociedade pode aprender muito com o bem-viver indígena. Nossos modos de vida são baseados no respeito à mãe Terra, no respeito à natureza e a todos os seres que partilham esse tempo e espaço conosco, seres humanos, na prevalência dos interesses coletivos em relação aos interesses individuais", acrescentou Guajajara. "A valorização da luta e do conhecimento ancestral dos povos indígenas pela manutenção da floresta em pé é essencial para conseguirmos mudar esse cenário".