Supermercados do país estão limitando temporariamente as compras de alguns produtos, como frutas e vegetais
Na última quinta-feira, 22, Thérèse Coffey, ministra do Meio Ambiente, Alimentação e Assuntos Rurais do Reino Unido, emitiu um comunicado informando que os britânicos estão enfrentando uma escassez de alimentos. Como alternativa, Coffey sugeriu que a população começasse a “comprar nabos” para substituir os itens que estão em falta no supermercado, como tomates e pepinos.
Segundo informações publicadas pelo jornal Folha de São Paulo, a carência de alguns alimentos acontece em decorrência do aumento dos custos de energia, que influenciou diretamente na produção de inverno das estufas. Em declaração para o Parlamento, Coffey afirmou:
É importante assegurar que valorizamos as especialidades que temos neste país. Não acham tomates? Vamos comer nabos agora, em vez de pensar necessariamente em [...] alface e tomate", fazendo referência ao vegetal da época no Reino Unido.
Devido à falta de frutas básicas e vegetais, supermercados como as redes Tesco e Asda passaram a aplicar temporariamente o racionamento na venda dos produtos. Agora, os clientes são orientados a comprar um número limitado de embalagens, sendo três por pessoa.
Em entrevista para a CNN, um porta-voz da Asda disse:
"Como outros supermercados, estamos enfrentando desafios de abastecimento de alguns produtos cultivados no sul da Espanha e no norte da África".
Em outra ocasião, a ministra britânica esclareceu sobre a possível duração da escassez:
Fui informada por meus funcionários após discussão com varejistas do setor [...] que a situação vai durar cerca de duas a quatro semanas. É importante que tentemos e tenhamos certeza de obter opções alternativas de fornecimento".
No entanto, um porta-voz do Departamento de Meio Ambiente, Alimentos e Assuntos Rurais (Defra), explicou, em nota:
Entendemos as preocupações do público em relação ao fornecimento de vegetais frescos. No entanto, o Reino Unido tem uma cadeia de abastecimento de alimentos altamente resiliente e está bem equipado para lidar com a disrupção".