Decisão foi anunciada no último fim de semana, durante reunião com o corpo diplomático mexicano no Equador
O México anunciou, no último fim de semana, que irá recorrer ao Tribunal Internacional de Justiça em resposta à invasão de sua embaixada em Quito pela polícia equatoriana. A ministra de Relações Exteriores do México, Alicia Bárcena, fez o anúncio durante uma reunião com o corpo diplomático mexicano no Equador, antes de deixar o país no domingo, dia 7.
A partir de amanhã iremos ao Tribunal Internacional de Justiça onde apresentaremos este triste caso (...). Acreditamos que podemos ganhar o nosso caso rapidamente”, disse Bárcena, de acordo com o portal de notícias UOL.
O Tribunal Internacional de Justiça é o principal órgão judicial das Nações Unidas, estabelecido em 1945 e sediado no Palácio da Paz, em Haia, nos Países Baixos. Sua função é julgar casos envolvendo estados membros da ONU.
Na invasão da embaixada mexicana, a polícia equatoriana prendeu o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que havia recebido asilo político do México horas antes da ação. Glas, que serviu durante o governo de Rafael Correa (2007-2017), foi condenado por seu envolvimento no escândalo de propinas da Odebrecht e enfrenta outro mandado de prisão por suposto desvio de fundos destinados à reconstrução após um terremoto em 2016.
O Equador considerou o asilo concedido a Glas como "ilegal". Segundo o UOL, o anúncio da concessão do asilo ocorreu um dia após o Equador declarar a embaixadora mexicana Raquel Serur como "persona non grata" e ordenar sua saída do país.
Após esses eventos, o México rompeu relações diplomáticas com o Equador, e vários países latino-americanos condenaram a ação, incluindo o Brasil.