“A homofobia de minha igreja me deixa com raiva e tenho vergonha disso”, afirmou um dos religiosos que realiza cultos de oficialização para uniões entre pessoas do mesmo sexo
Em março deste ano, o Vaticano fez um anúncio polêmico proibindo que padres abençoem uniões homoafetivas. Entretanto, progressistas católicos da Alemanha estão indo contra a determinação e realizando a prática em cerca de 100 igrejas do país.
Conforme repercutiu o G1, o relatório do Vaticano dizia que Deus “não pode abençoar o pecado”, logo, qualquer padre que unificasse uma relação do mesmo sexo a tornaria inválida para a religião.
A posição criticada por muitas organizações foi apoiada pelo santo padre, o Papa Francisco, de acordo com a Congregação para a Doutrina da Fé. Ainda assim, os alemães estão desafiando o documento em nome da igualdade de gênero. “Estou convencido de que a orientação homossexual não é ruim, nem é o amor homossexual um pecado”, disse o reverendo Jan Korditschke em entrevista à Associated Press.
O religioso que realizará em breve um culto de união para casais homoafetivos ainda enfatizou que a homofobia da igreja é algo que lhe incomoda. “A homofobia de minha igreja me deixa com raiva e tenho vergonha disso”. E acrescentou ainda que defenderá sua posição “embora seja doloroso não poder fazer isso em sintonia com a liderança da igreja”.
Em 13 de março de 2013, Jorge Mario Bergoglio foi eleito papa, após a sucessão de Bento XVI. A decisão foi tomada no segundo dia do conclave, e Bergoglio escolheu o nome de Francisco, em referência a Francisco de Assis.
Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Francisco foi o primeiro jesuíta a ser eleito papa e primeiro papa do continente americano.
Ao longo de sua trajetória, Francisco já reuniu uma série de frases consideradas polêmicas e controversas.