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Notícias / Estados Unidos

Meses após família receber cinzas, jovem considerado morto reaparece vivo nos EUA

Tyler Chase passou meses sem saber que estava com sua documentação bloqueada por ser considerado falecido em registro nacional

Isabelly de Lima Publicado em 13/02/2024, às 10h50

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Tyler em fotografia recente - Cortesia de Tyler Chase ao New York Times
Tyler em fotografia recente - Cortesia de Tyler Chase ao New York Times

Uma sequência de eventos perturbadores levou Tyler Chase, de 22 anos, a ser erroneamente declarado morto. O rapaz norte-americano, que sequer sabia do óbito, teve problemas ao tentar um cartão de benefícios do governo em uma loja de conveniência, sendo recusado por estar desativado. Pouco depois, autoridades do estado do Oregon contataram Chase para informá-lo de que um atestado de óbito havia sido registrado em seu nome.

As coisas ficaram ainda mais sombrias quando uma urna contendo cinzas, presumivelmente pertencentes a ele, foi entregue à sua família e guardada no armário de um primo, iniciando uma jornada para que o jovem retornasse a casa dos parentes em luto.

De acordo com o New York Times, a vida de Chase foi marcada por anos de luta contra o vício em drogas, períodos de sem-teto e dificuldades familiares; seu envolvimento com metanfetaminas começou na adolescência e se agravou após a morte de sua mãe em 2020.

Em janeiro de 2023, ele foi preso por várias acusações, incluindo invasão e posse de drogas. Após ser liberado para uma instalação de moradia temporária em Portland, Oregon, Chase iniciou um programa de tratamento para seus vícios.

Descoberta do óbito

Em outubro do mesmo ano, enquanto buscava trabalho e estava sóbrio há sete meses, Chase soube do atestado de óbito, comentando de forma bem-humorada que "obviamente, você não pode realmente se candidatar para vagas quando está morto" ao New York Times.

O equívoco de identidade começou a ser desvendado várias semanas depois, quando um policial visitou a instalação de moradia temporária do rapaz em busca de documentos relacionados a um homem identificado erroneamente como falecido.

Em meados de dezembro, o principal investigador do Escritório do Examinador Médico do Condado de Multnomah reconheceu o erro; ele confirmou que o equívoco aconteceu devido à confusão de identidade, apontando que o corpo, posteriormente cremado, foi encontrado com os documentos de Chase.

Após o reencontro com sua família, Chase passou o Natal com a prima Latasha Rosales e seus filhos. O jovem agora está empregado por uma organização que ajuda pessoas em situação de rua em Portland.