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Notícias / São Paulo

Mensagens fraudulentas: Como funcionava o "carro do golpe" apreendido em São Paulo

Criminosos usavam computador e antena para enviar falsas mensagens de bancos, desviando dinheiro das vítimas em bairros nobres da capital paulista

Gabriel Marin de Oliveira Publicado em 24/07/2024, às 18h57

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Carro de quadrilha equipado com eletrônicos - Reprodução/TV Globo
Carro de quadrilha equipado com eletrônicos - Reprodução/TV Globo

Um esquema sofisticado de fraude foi desmantelado na Zona Sul de São Paulo, onde a polícia prendeu um homem que operava um veículo equipado com tecnologia avançada para aplicar golpes bancários.

Everton Nascimento de Oliveira, de 22 anos, foi detido dirigindo o chamado "carro do golpe", um Jeep Renegade branco, que circulava por bairros nobres da cidade enviando mensagens SMS fraudulentas a motoristas e passageiros presos no trânsito.

O método usado pelos criminosos envolvia um computador e uma antena instalados no veículo, capazes de rastrear celulares próximos e enviar mensagens em massa. As mensagens, disfarçadas como comunicados de bancos nacionais, direcionavam as vítimas a sites falsos onde eram solicitados dados pessoais e bancários. Aqueles que preenchiam as informações rapidamente viam seu dinheiro desaparecer das contas, transferido para contas de terceiros, conhecidos como 'laranjas'.

Everton, que admitiu receber R$ 1 mil por semana apenas para dirigir o carro, confessou sua participação no esquema. Ele foi indiciado por vários crimes, incluindo associação criminosa, invasão de dispositivo informático, uso clandestino de sistema de telecomunicação e corrupção de menores. Além disso, também responderá por dirigir sem habilitação.

O trajeto dos criminosos incluía áreas movimentadas e congestionadas dos bairros Jardins, Itaim Bibi, Pinheiros e Tatuapé. O motorista se aproximava de outros veículos parados a cerca de 5 metros de distância, permitindo que a antena no porta-malas rastreasse celulares próximos. Em seguida, o computador no banco traseiro disparava as mensagens fraudulentas.

Investigação

O 42º Distrito Policial (DP) de Parque São Lucas, responsável pela investigação, está em busca de todas as vítimas para que possam registrar queixas na delegacia. Estima-se que pelo menos 100 pessoas tenham sido lesadas em um mês.

O motorista é apenas uma peça do esquema. Ele recebia R$ 1 mil por semana para dirigir o veículo. O notebook ficava instalado no banco traseiro e no porta-malas estava a bateria, a antena e outros equipamentos", explicou o delegado Alexandre Bento, em entrevista à Globo.

As autoridades estão trabalhando para identificar os demais membros da quadrilha. Segundo o G1, sabe-se que a namorada de Everton, uma adolescente, ajudava a movimentar o dinheiro das vítimas, e a polícia está tentando localizá-la. A reportagem não conseguiu contato com a defesa do piloto para comentar o caso.

*Sob supervisão;