Dentre os denunciados, acredita-se que alguns já tenham sido mortos; saiba mais!
Redação Publicado em 18/01/2023, às 10h50
Nesta quarta-feira, 18, o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou e tornou réu oito pessoas por envolvimento na morte de três meninos de Belford Roxo, no Rio de Janeiro — que desapareceram em dezembro de 2020.
A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Belford Roxo, Luís Gustavo Vasques. A denúncia do MPRJ, segundo repercutido pelo G1, aponta que os jovens Alexandre da Silva (de 10 anos); Lucas Matheus da Silva (8); e Fernando Henrique Ribeiro Soares (11); foram mortos após sofrerem tortura. Acredita-se que o ato serviu como ‘punição’ por eles furtarem um passarinho na comunidade.
De acordo com os promotores, um dos garotos morreu devido à tortura e os outros foram executados. Entretanto, seus corpos jamais foram encontrados pelas autoridades do Rio.
O magistrado ainda decretou a prisão preventiva de sete dos oito acusados. Já o último réu, Júlio César Ramos, que reponde por ocultação de cadáver, cumprirá medidas cautelares.
"Verifica-se que resta evidenciado não apenas pela intensa gravidade dos delitos imputados aos citados réus, que, sem dúvida alguma, por si só já causa intranquilidade social, exigindo cada vez mais a adoção de uma postura rígida por parte das autoridades constituídas no sentido de restabelecer a paz social, mas também pelo modus operandi desenvolvido, revelador de alta periculosidade dos agentes a pôr em risco a sociedade como um todo", proferiu o juiz na decisão.
Entre os acusados que se tornaram réus, aponta matéria do G1, acredita-se que três deles já foram mortos e que outros tenham sido presos. São eles:
Edgar Alves de Andrade (conhecido como Doca): Seria um dos chefes do Comando Vermelho. Doca teria autorizado que outros traficantes matassem as crianças, apontou outro criminoso.
Wiler Castro da Silva (Stala): Era o gerente-geral do tráfico na comunidade do Castelar, onde o crime aconteceu. Wiler seria sobrinho do homem que teve o passarinho furtado. Ele ainda teria sido o responsável por autorizar a tortura e assassinato dos garotos. Acredita-se que Stala esteja morto.
José Carlos dos Prazeres Silva (Piranha): Teria conhecimento dos crimes que aconteciam na comunidade e também seria o responsável por autorizá-los. Piranha também pode estar morto.
Victor Hugo dos Santos Goulart (VT): Segundo a Polícia Civil, o sujeito seria responsável por torturar um homem que foi injustamente acusado pelo desaparecimento dos meninos. VT foi preso em novembro de 2021 em Cabo Frio.
Ana Paula da Rosa Costa (Tia Paula): Seria cúmplice da tortura e morte dos meninos. Ana Paula teria ficado incumbida por chamar um motorista para levar os corpos dos jovens e jogá-los em um rio na região. Investigadores acreditam que ela teria sido morta tempos depois do crime.
Ruan Igor Andrade de Sales (Melancia): Teria sido outro do que espancou o homem acusado injustamente. Ele foi preso em 2021.
Por fim, a Justiça também tornou réus Rafael Dias de Oliveira e Júlio César Carvalho Ramos.
