Gustavo Deboni foi indiciado pela Polícia Civil e já teve a licença suspensa pelo Conselho Regional de Medicina
A Polícia Civil de Santa Catarina indiciou o médico Gustavo Deboni da Silva por estar diretamente ligado ao óbito de oito pacientes na UTI (Unidade de Terapia Intensiva) do Hospital Marieta Konder Bornhausen, em Itajaí, a cerca de 100 quilômetros de Florianópolis, entre os anos de 2017 e 2019.
As acusações, noticiadas pelo portal UOL, relacionam oito ocasiões criminosas de homicídio doloso — quando há intenção de matar, compreendendo a interferência na saúde dos internados. Os indiciamentos foram qualificados na moralidade ‘uso de meio cruel’, mas não relatou quais seriam as causas ou intenções das supostas tentativas de abreviar a vida dos pacientes.
O inquérito ainda apontou que Deboni teria cometido uma infração ao Código de Ética Médica ao não aproveitar todos os meios e recursos disponíveis na UTI para manter os pacientes vivos. Tal negligência pode resultar em uma pena mínima de 12 anos de reclusão, conforme informou o delegado Sérgio Sousa, da DIC (Divisão de Investigação Criminal) de Itajaí, ao apresentar os dados ao Ministério Público de Santa Catarina.
O órgão deve avaliar se a apuração é compatível com os fatos e se há dolo do médico nas mortes, decidindo se deve denunciar Gustavo ou arquivar o caso. A defesa do médico nega as acusações, considerando o caso como um resultado de uma "teoria conspiratória deflagrada por interesses escusos’.