A conclusão foi alcançada através da análise de um meteorito que teria se originado no planeta vermelho
Um estudo recente, publicado na Science Advances por uma equipe internacional de cientistas, concluiu que Marte teria tido água em sua superfície 4,4 bilhões de anos atrás, contrariando o consenso anterior, que acreditava que havia sido há 3,7 bilhões de anos.
A conclusão foi alcançada após a análise do meteorito NWA 7533, que os especialistas acreditam que tenha saído do planeta vermelho, dentro do qual foram encontrados grandes níveis de oxidação. Vale lembrar também que a rocha espacial foi descoberta no deserto do Saara, em 2012.
“Esta oxidação poderia ter ocorrido se houvesse água presente na crosta marciana ou na crosta marciana 4,4 bilhões de anos atrás durante um impacto que derreteu parte da crosta", explicou Takashi Mikoushi, um cientista planetário da Universidade de Tóquio, que foi co-autor do estudo, em um comunicado.
Os pesquisadores ainda conectaram esse possível impacto com o aquecimento da atmosfera do planeta. Os próximos passos da investigação do passado de Marte, que poderá contestar ou confirmar as teorias feitas sobre ele, contará com as descobertas da Mars 2020, missão da NASA enviada ao planeta vermelho. Um dos seus objetivos, inclusive, é procurar vestígios de vida extraterrestre.