O maior iceberg do mundo, conhecido como A23a, vaga pelo oceano desde a década de 1980, mas está preso em 'armadilha marítima' há meses; entenda!
Publicado em 06/08/2024, às 09h24
Quando um pedaço de uma grande geleira, um glaciar ou uma plataforma de gelo continental se desprende e cai no oceano, começando a vagar pelas águas como um "grande bloco de gelo", este pedaço ambulante é chamado de iceberg. E, agora, o maior iceberg do mundo está preso em uma espécie de 'armadilha marítima'.
Com cerca de 4 mil quilômetros quadrados — ou seja, possuindo quase duas vezes o tamanho da cidade de São Paulo —, o iceberg A23a, considerado o maior do mundo, está girando em círculos no oceano desde abril. Ele se desprendeu na costa da Antártida em 1986 e, desde então, realizou o impressionante feito de não derreter completamente; e agora está preso na chamada Coluna de Taylor.
Segundo o g1, o A23a passou, após seu desprendimento, cerca de três décadas praticamente parado. Porém, em 2020 ele começou a se movimentar, seguindo à deriva ao norte do oceano, rumo a águas mais quentes.
Logo, pesquisadores pensaram que o grande iceberg estava com seus dias contados, e em breve derreteria, uma vez que chegasse a uma região mais quente do que ele suportaria. Porém, a Coluna de Taylor pode aumentar ainda mais sua expectativa de vida.
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A Coluna de Taylor, vale mencionar, é um fenômeno que recebeu esse nome em homenagem ao físico que a identificou, o britânico Sir Geoffrey Ingram Taylor. Basicamente, o fenômeno consiste no fato de que, quando uma corrente de água encontra uma obstrução, ela se separa em dois fluxos, o que gera um cilindro giratório que funciona, na água, como uma coluna subterrânea.
Neste caso, a água começou a se mover em torno do A23a, e agora, em vez de seguir avançando pelo oceano, o iceberg está apenas girando. Desde abril, ele se encontra fixo ao norte das Ilhas Órcades do Sul — a nordeste da Península Antártica —, e girando em sentido anti-horário.
Agora, de acordo com especialistas, o iceberg deve permanecer preso na armadilha por mais alguns anos. Dessa forma, ele deve ficar impedido de seguir em direção a águas mais quentes e, com isso, deve permanecer sustentando o título de "maior iceberg do mundo" por mais alguns anos.