Atitude do presidente da França contrasta com a de Joe Biden
Ao ser questionado por jornalistas nesta quarta-feira, 13, o presidente francêsEmmanuel Macron afirmou que preferia não chamar os atos das tropas russas na Ucrânia de "genocídio".
"Eu teria cuidado com esses termos hoje porque esses dois povos [russos e ucranianos] são irmãos. Quero continuar tentando, tanto quanto puder, parar esta guerra e reconstruir a paz. Não tenho certeza de que uma escalada de retórica sirva a essa causa", apontou ele, segundo repercutido pela CNN.
A afirmação do chefe de Estado da França contrasta com falas proferidas pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na última terça-feira, 12.
Na ocasião, o democrata chamou Vladimir Putin de "ditador" e disse que ele estava cometendo "genocídio".
"Sim, eu chamei de genocídio. Está cada vez mais claro que Putin está tentando varrer a ideia de poder ser ucraniano", reiterou ainda o presidente norte-americano.
Apesar de seu discurso mais moderado, Macron afirmou que o exército russo havia de fato cometido "crimes de guerra" durante sua invasão do território ucraniano.
“A Rússia iniciou unilateralmente uma guerra extremamente brutal, foi estabelecido que o exército russo cometeu crimes de guerra e devemos encontrar os responsáveis”, concluiu o político francês.
As violações por parte do Kremlin estão atualmente sob investigação do Tribunal Internacional de Justiça, órgão da ONU. A invasão da Rússia à Ucrânia já está em seu 49º dia, e causou centenas de mortes.