Após 52 anos mantida em cativeiro, a orca Lolita morreu pouco antes de conquistar a liberdade
Na última sexta-feira, 18, o Miami Seaquarium divulgou em suas redes sociais a morte de um de seus mais emblemáticos e mais queridos animais: a orca Lolita. "Apesar de ter recebido o melhor atendimento médico possível, ela morreu na tarde de hoje, do que se acredita ter sido um problema renal", anuncia o comunicado.
Na publicação, o Miami Seaquarium lamentou a morte da orca de 57 anos — que era mantida em cativeiro havia 52 anos —, enquanto publicou um vídeo antigo do animal. Vale lembrar que a morte se deu pouco antes de Lolitaretornar para a natureza, em um "acordo vinculativo" entre o oceanário e a organização sem fins lucrativos 'Friends of Lolita', que lutava pela libertação do animal há anos (e havia conseguido, para acontecer nos próximos dois anos).
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De acordo com o Metrópoles, Lolita e outros animais de sua espécie foram capturadas em 1970, em uma violenta ação no estreito de Puget, em Washington, que levou à morte quatro filhotes e um adulto — sendo esta considerada uma das maiores e piores ações contra orcas selvagens de toda a história.
Ao todo, mais de 90 orcas foram perseguidas e presas em redes, o que levou à morte de várias delas, enquanto outras eram vendidas a parques marinhos. Quando foi capturada, Lolitatinha somente cerca de 4 anos, tendo como companheiro somente outro de sua espécie: Hugo.
Este, porém, morreu em 1980 em decorrência de um aneurisma cerebral, depois que bateu a cabeça muitas vezes contra o tanque em que estava aprisionado. Desde então, Lolitanunca mais teve a companhia de qualquer outro animal de sua espécie, tendo vivido o restante de sua longa vida flutuando, apática.