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Notícias / Seita do jejum

Líder da 'seita do jejum' é levado a julgamento pela morte de mais de 400 pessoas

Autodenominado pastor, Paul Nthenge Mackenzie teria incitado seus seguidores a morrerem de fome para "conhecer Jesus"

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
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Publicado em 08/07/2024, às 12h06

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Paul Nthenge Mackenzie - Reprodução/Vídeo
Paul Nthenge Mackenzie - Reprodução/Vídeo

Nesta segunda-feira, 8, começou o julgamento do pastor Paul Nthenge Mackenzie. Líder de uma seita evangélica no Quênia, chamada de 'Seita do Jejum', Mackenzie é acusado de terrorismo pela morte de mais de 400 de seus seguidores — aos quais prometeu que conheceriam Jesus. 

+ O que é a 'seita do jejum' do Quênia?

Ex-taxista que se denominava pastor, o sujeito está sendo julgado em um tribunal de Mombasa, às margens do Oceano Índico, junto com outros 94 acusados, conforme noticiado pelo The Guardian. 

Paul Nthenge Mackenzie, que foi detido em abril do ano passado, é acusado de incitar seus seguidores a morrerem de fome para "conhecer Jesus". Ele e os outros réus do processo alegaram inocência em uma audiência ocorrida de janeiro. 

Vítimas de crueldade

Conforme noticiado pela AFP, Mackenzie e os outros indiciados enfrentam acusações de assassinato, homicídio culposo, sequestro, tortura e crueldade infantil em casos separados.

O autodenominado pastor foi detido após 429 cadáveres serem encontrados na floresta de Shakahola, perto da costa queniana do Oceano Índico, onde ele costumava fazer suas pregações. Os números atualizados de vítimas já passam dos 440 e o caso foi apelidado de "massacre da floresta de Shakahola".

Segundo descobriram as autópsias, embora a fome pareça ser a principal causa das mortes, muitas das vítimas — o que inclui algumas crianças — foram estranguladas, espancadas ou sufocadas. Além do mais, documentos judiciais anteriores apontam que alguns dos corpos tiveram seus órgãos removidos.