“[Friedrich Karl] Berger foi um participante ativo em um dos capítulos mais sombrios da história humana”, declarou vice-diretor assistente do Departamento de Justiça e Investigações de Segurança Interna
Na última semana, o Conselho de Recursos de Imigração (BIA, na sigla em inglês), manteve a decisão de um juiz de Memphis, proferida em 28 de fevereiro, de que Friedrich Karl Berger, cidadão alemão que serviu como guarda armado de prisioneiros em campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, fosse deportado dos Estados Unidos. As informações são da Fox News.
O apelo do morador do Tennessee foi julgado na semana passada, porém, a Justiça determinou pela manutenção da sentença inicial, que é baseada na Emenda Holtzman de 1978 para a Lei de Imigração e Nacionalidade, por causa de seu “serviço voluntário como guarda armado de prisioneiros campo de concentração”.
Os promotores disseram que Berger era um guarda armado no sistema do campo de concentração de Neuengamme perto de Meppen, Alemanha, cerca da fronteira com a Holanda.
“Berger foi um participante ativo em um dos capítulos mais sombrios da história humana. Ele tentou se livrar de seu passado nefasto para vir para a América e começar de novo, mas, graças à dedicação dos funcionários do Departamento de Justiça e Investigações de Segurança Interna, a verdade foi revelada”, disse o vice-diretor assistente Louis A. Rodi III em um comunicado.
“Criminosos de guerra e violadores dos direitos humanos não terão permissão para fugir da justiça e encontrar abrigo seguro aqui”, concluiu.
O julgamento inicial de Berger, que durou dois dias, foi concluído em fevereiro, com o juiz presidente descobrindo que os prisioneiros em Meppen foram mantidos em condições "atrozes" e foram explorados para trabalhos forçados ao ar livre "até o ponto de exaustão e morte".
Friedrich admitiu que vigiava os prisioneiros para impedi-los de escapar durante o dia de trabalho e no caminho para os campos. O tribunal concluiu que Berger ajudou a proteger os prisioneiros durante sua evacuação forçada para o campo principal de Neuengamme. A viagem durou duas semanas em condições desumanas e custou a vida a cerca de 70 prisioneiros.