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Notícias / Brasil

Juíza britânica nega extradição de brasileiro: 'Enfrentaria um risco real'

Após acusação de homicídio em Caratinga, Minas Gerais, em 2009, homem fugiu para o Reino Unido e foi preso em 2022; juíza negou extradição

por Thiago Lincolins
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Publicado em 30/05/2024, às 12h00

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Nicolas Gomes de Brito - OffenderWarning
Nicolas Gomes de Brito - OffenderWarning

Nicolas Gomes de Brito, brasileiro, teve a extradição negada por uma juíza britânica. A decisão foi motivada após um relatório apresentado pela defesa, que citava condições precárias nas prisões brasileiras e risco por Brito ser homossexual. 

Brito respondia por um caso de homicídio ocorrido em 2019 em Caratinga, Minas Gerais. Apontado como mentor, ele fugiu para o Reino Unido, entretanto, acabou preso por autoridades britânicas em abril de 2022.

No último mês de janeiro, Briony Clarkem, juíza, negou o pedido de extradição feito pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública e soltou Nicolas. Um relatório elaborado por um especialista penitenciário da Argentina foi apresentado pela defesa do réu. 

Relatório

O documento menciona as condições 'hostis' do sistema carcerário do Brasil, com base em apuração de órgãos brasileiros e internacionais de direitos humanos. Foram, mencionados, por exemplo, a péssima ventilação, superlotação e até mesmo ausência de banho de sol, repercute o portal de notícias UOL.

Além disso, o especialista também comentou o risco que prisioneiros LGBTQIA+ enfrentam em solo brasileiro.

''São duplamente vulneráveis porque sofrem nas condições vergonhosas nas prisões brasileiras, mas também porque sofrem a discriminação e a violência inerentes a suas orientações sexuais", destacou.

Na decisão, a juíza destacou que Nicolas 'enfrentaria um risco real', conforme divulgado pelo UOL.

Há motivos substanciais para acreditar que o réu enfrentaria um risco real de ser submetido a tortura ou tratamento desumano, degradante ou punição se ele fosse extraditado'', enfatizou Clarkem.

Fuga

O crime que envolve Nicolas vitimou William Pereira de Paiva após cinco tiros. Ao lado de José Rimal, menor de idade, o réu é suspeito de matar Paiva, envolvido no tráfico de drogas.

William teria sido o mentor da tentativa de assassinato de Lucas Ferreira Lima, comparsa de Nicolas, em 2018. Ele sobreviveu ao atentado, entretanto, ficou paraplégico. Preso pelo crime, William deixou a prisão em 2019 e acabou morto dois dias depois.