A jovem estava considerada desaparecida desde a última sexta-feira, 26, em Cachoeiro de Itapemirim (ES)
Na última sexta-feira, 26, a jovem Maria Cristina Simões Ferreira e Penha, de 22 anos e residente na cidade de Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo, foi dada como desaparecida. Porém, quase dois dias depois, no domingo, ela foi finalmente encontrada e resgatada, tendo permanecido todo esse tempo presa em um buraco.
Conforme informado pela vítima depois do resgate, ela até tentou pedir ajuda e gritar por socorro enquanto estava presa, mas ninguém a ouvia. Seu resgate ocorreu só na tarde de domingo, e ela teria saído de casa na sexta para caminhar, de acordo com o UOL.
Depois de passar por uma área de terra, Maria Cristina teria se desequilibrado e, então, caído no pequeno barranco. Ela passou os dois dias seguintes, então, presa dentro de uma fenda de aproximadamente 40 centímetros, localizada a cerca de somente 80 metros de sua casa.
O pai da vítima, o advogado Carlos Onofre, quando deu falta da filha, prontamente ligou para os amigos dela, além de alguns outros parentes; porém, ninguém sabia de seu paradeiro. Então, no mesmo dia registrou um boletim de ocorrência, formalizando o desaparecimento de Maria Cristina.
Ela toma medicação para tratamento de epilepsia e ficamos preocupados de ela ficar sem o remédio. No mesmo dia, a gente começou a avisar os policiais sobre o sumiço dela. Todos na cidade estavam cientes da situação. Fizemos buscas, mas não a encontramos. Ficamos muito preocupados", declarou o pai ao UOL.
Foi só na manhã de domingo que, por sorte, uma mulher ligada à igreja que a família frequentava foi até o bairro em que a família vivia, e gritou pelo nome de Maria Cristina por cerca de duas horas. A jovem, porém, já não tinha mais forças para gritar, mas ainda assim a mulher pôde ouvir seus sussurros, encontrando-a e, então, avisando a família.
Era cerca de 10 horas da manhã quando o Corpo de Bombeiros foi acionado, e se encaminharam ao local, para resgatar a vítima que, de acordo com a corporação, ficou presa entre um barranco e uma casa de alvenaria. Para o salvamento, foi utilizada uma escada, e os bombeiros precisaram descer aproximadamente 10 metros; a vítima, por sua vez, estava consciente, mas bastante assustada.
"A gente não tem ideia de como ela sobreviveu. Foi Deus. Ela passou dois dias gritando. Ela disse para a gente que gritou várias vezes por socorro, mas ninguém a ouviu. Foi resgatada em um ângulo de 150°, com muitas escoriações pelo corpo, mas, graças a Deus, está bem agora, viva e com a gente", contou, por fim, o pai da vítima.
Agora, Maria Cristina segue internada e em observação, mas ainda não possui qualquer previsão de alta.