A repórter está viva, porém seu quadro é de "extrema gravidade"
A jornalista Francisca Sandoval estava fazendo a cobertura de uma marcha pelo Dia do Trabalho em um bairro de Santiago, na capital do Chile, quando sofreu um atentado perturbador.
Durante o episódio, que se deu no último domingo, 1, uma dupla de homens armados fizeram disparos contra os repórteres presentes. Quatro ficaram feridos, com o caso mais grave sendo o da mulher, que foi baleada no rosto e precisou ser levada às pressas para o hospital. Conforme repercutido pelo MediaTalks nesta quinta-feira, 5, a repórter de uma emissora chilena local apresenta um quadro de "extrema gravidade".
Através da análise de imagens capturadas pelas câmeras de seguranças na região da passeata, as autoridades foram capazes de identificar dois suspeitos. De forma chocante, a dupla teria conexões com os "Carabineiros", que é a polícia do Chile, de forma que o governo anunciou uma investigação interna.
Enquanto isso, os suspeitos estão em prisão domiciliar, fato que gerou revolta entre a população chilena, que fala em "impunidade" quando o assunto são os ataques direcionados ao jornalismo.
Vale lembrar que, na última quarta-feira, 4, foi comemorado o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, e uma pesquisa do Repórteres Sem Fronteiras (RSF) publicou um ranking global a respeito da relação de 180 países com seus veículos de comunicação.
O Chile ocupava a 82ª posição, que está dentro de uma faixa considerada "problemática" pelo levantamento, ainda de acordo com o MediaTalks. O Brasil, por sua vez, estava posicionado como 110° país.