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Joias que sumiram em 'roubo do século' voltam a ser exibidas na Alemanha

Joias barrocas do roubo milionário de Dresden são reexibidas; museu espera grande público após resgatar itens roubados em 2019

Redação Publicado em 14/08/2024, às 16h42

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As joias do museu Grünes Gewölbe - Getty Images
As joias do museu Grünes Gewölbe - Getty Images

Em novembro de 2019, um ousado roubo abalou o museu Grünes Gewölbe, em Dresden, Alemanha. Criminosos retiraram joias do século 18, avaliadas em mais de 100 milhões de euros. Após três anos de investigações e buscas, essas preciosidades voltam a brilhar nas vitrines da instituição a partir desta quarta-feira (14).

Cinco membros do grupo criminoso responsável pelo roubo foram condenados, enquanto um sexto ainda está sob investigação. Antecipando um grande número de visitantes, o Grünes Gewölbe ampliou seus horários de funcionamento, explica o Deutsche Welle.

As joias barrocas agora são exibidas sem restauração. Apesar dos danos visíveis apenas em uma análise mais detalhada, as peças continuam a brilhar, relembrando seu esplendor original. Marion Ackermann, diretora das Coleções Estatais de Arte de Dresden, anunciou que todas as peças podem ser restauradas assim que o inquérito for concluído.

O roubo

Na madrugada de 25 de novembro de 2019, após sabotarem a iluminação pública em frente ao Palácio Real de Dresden, os ladrões cortaram parte da grade de uma janela e usaram uma ferramenta hidráulica para invadir o museu. Em minutos, roubaram 21 peças históricas contendo um total de 4.300 diamantes e brilhantes.

Os objetos roubados faziam parte do tesouro de Augusto II, o Forte (1670-1733), príncipe eleitor da Saxônia e rei da Polônia. Conhecido como "Rei-Sol da Saxônia", ele era famoso por seu gosto pelo luxo e pompa. Entre as peças destacam-se uma adaga encrustada com diamantes e a dragona adornada com o "Branco Saxão", um dos maiores diamantes da Alemanha.

Investigação

As autoridades alemãs rastrearam o grupo criminoso até Berlim, onde membros já eram investigados por outro grande roubo: a moeda gigante de ouro do Museu Bode, em março de 2017. As primeiras prisões ocorreram menos de um ano após o roubo em Dresden. Em janeiro de 2021, seis suspeitos foram levados a tribunal.

Em dezembro de 2022, parte das joias foi devolvida após um acordo judicial. Algumas peças estavam danificadas devido ao armazenamento impróprio ou tentativas mal-sucedidas de limpeza.

Exposição

A sala das joias no Grünes Gewölbe foi reaberta ao público logo após a coleta das evidências, com a vitrine quebrada como símbolo de advertência. Hoje, grande parte das lacunas foi preenchida novamente, embora algumas pedras preciosas ainda estejam desaparecidas.

Marion Ackermann espera que essas peças retornem um dia ao seu lugar de honra no museu em Dresden.