A material radioativo de Chernobyl entrou em cadeias alimentares e ecossistemas
Em 1986, o acidente na central nuclear de Chernobyl, que expeliu material radioativo pelo ar durante 10 dias, fez com que tais contaminantes, entre eles os radionuclídeos césio-135 e césio-137, entrassem nos ecossistemas e cadeias alimentares, espalhando seus resquícios por meio de outras fontes de contaminação até os dias atuais.
Por conta de tal fator, javalis que vivem em regiões da Áustria e da Alemanha se tornaram impróprios para o consumo humano após deterem parte da radiação em seus corpos.
A presença de radioatividade não aconteceu em todas as espécies, e os porcos selvagens tiveram os níveis de radioatividade sustentados em quantidades suficientes para ultrapassar os limites regulamentares para consumo humano.
Assim, segundo o site Olhar Digital, para solucionarem esse fenômeno, os pesquisadores da Universidade Leibniz e da Universidade de Tecnologia de Viena, localizadas na Alemanha e Áustria, respectivamente, coletaram carne de javali em parceria com caçadores.
Nos testes, conforme o New Atlas, a equipe de pesquisadores usaram espectrometria de massa e um detector de raios gama, e na ocasião foi notado com especificidade proporções das duas formas de césio expelidas no desastre. Além disso, as substâncias revelaram que a radiação vinha também de outra fonte, e não só de Chernobyl.
A outra fonte contaminada pode ter sido a área em que ocorreu testes globais de armas nucleares na década de 1960, fazendo com que os javalis se alimentassem de fonte afetadas pelo césio liberado nos testes citados.