Achado pode ser fundamental no entendimento das origens da água na Terra; saiba mais!
Na última segunda-feira, 15, cientistas da NASA anunciaram uma descoberta inédita que é fruto das observações do telescópio James Webb: a presença de vapor d’água ao redor de um cometa no Cinturão Principal de Asteroides.
Situado entre as órbitas de Marte e Júpiter, o achado feito no conjunto de milhões de rochas espaciais pode ser fundamental no entendimento das origens da água na Terra. Afinal, a descoberta observa, pela primeira vez, que a água de nosso Sistema Solar pode ser preservada como gelo em outros cometas que se situam nessa região do espaço.
"Entender a história da distribuição de água no Sistema Solar nos ajudará a entender outros sistemas planetários e se eles podem hospedar um planeta semelhante à Terra", declarou Stefanie Milam, coautora do estudo publicado na Nature.
Nosso mundo encharcado de água, repleto de vida e único no Universo é um mistério até onde sabemos, pois não temos certeza de como toda essa água chegou aqui", continuou.
A recente observação do telescópio James Webb constatou algo especulado na comunidade científica há tempos: gelo e outros componentes podem ser preservados nesse cinturão de asteroides.
A grande questão dessa dificuldade é simples. Embora cometas sejam compostos de gelo e poeira, a maior parte dos que estão situados em nosso Sistema Solar tem origens em regiões geladas localizadas além da órbita de Netuno; ou seja, bem mais distante de Marte e Júpiter.
Porém, quando esses cometas se aproximam de nossa órbita, e consequentemente do Sol, essa camada de poeira e gelo esquenta e se torna vapor, o que é responsável por formar sua característica cauda. Sendo assim, não era esperado que esses cometas mais próximos ainda carregassem muito gelo.
No passado, vimos objetos no cinturão principal [como também é chamada a região] com todas as características de cometas, mas apenas com esses dados espectrais precisos do Webb podemos dizer que sim, é definitivamente água gelada que está criando esse efeito [ao redor do cometa]”, relatou o principal autor do estudo, o astrônomo Michael Kelley.