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Notícias / Arqueologia

Itália: Arqueólogos encontram esqueleto de 2.200 anos na 'Tumba de Cérbero'

Esqueleto de indivíduo coberto por um sudário e cercado por diversos bens funerários foi encontrado em sepultura conhecida como Tumba de Cérbero, na Itália

Luiza Lopes Publicado em 30/07/2024, às 14h34

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Imagem do interior da tumba mostrando o sudário e alguns outros bens funerários - Divulgação/Italian Ministry of Culture
Imagem do interior da tumba mostrando o sudário e alguns outros bens funerários - Divulgação/Italian Ministry of Culture

No último ano, arqueólogos na Itália descobriram uma tumba de 2.200 anos decorada com murais que incluem pinturas do cão infernal de três cabeças, Cérbero, e de ictiocentauros — centauros marinhos com cabeça e torso humanos, patas dianteiras de cavalo e cauda de peixe.

Recentemente, ao analisar a sepultura, conhecida como Tumba de Cérbero, em Giugliano, os pesquisadores revelaram o esqueleto de um indivíduo coberto por um sudário e cercado por diversos bens funerários, como frascos de ungüento e um estrígil, uma ferramenta de higiene pessoal romana usada para raspar sujeira, suor e óleo antes do banho.

tumba
A tumba inclui uma pintura de dois centauros marinhos segurando um escudo circular ao lado de dois bebês parecidos com cupidos / Créditos: Divulgação/Italian Ministry of Culture

O falecido, que estava em "excelente estado de preservação", segundo uma declaração do Ministério da Cultura italiano, foi enterrado de costas. As "condições climáticas particulares da câmara funerária" parecem ter mineralizado o sudário.

Pesquisadores de várias áreas — incluindo arqueologia, química, paleobotânica e antropologia — estão colaborando para aprender mais sobre o indivíduo, possivelmente o "progenitor da família para a qual o mausoléu foi construído".

Enquanto isso, amostras de pólen antigo da tumba sugerem que o falecido foi tratado com cremes contendo absinto e Chenopodium, uma planta herbácea conhecida como pé-de-ganso. Os arqueólogos ainda aguardam resultados de DNA do falecido, que podem revelar sua ancestralidade e possíveis condições genéticas.

Mariano Nuzzo, superintendente do Ministério da Cultura italiano, disse na declaração que “a Tumba de Cérbero continua a fornecer informações preciosas sobre o território Flegreu”.