Até recentemente, corria a notícia de que Israel e o Hamas entrariam em um cessar-fogo em Gaza; no entanto, os ataques continuaram
Na última semana, a agência de notícias britânica Reuters informou, o que foi noticiado ao mundo todo, que Egito, Israel e Estados Unidos concordaram na realização de um cessar-fogo em meio ao conflito que ocorre no Oriente Médio nos últimos dias, especialmente para o resgate de estrangeiros em Gaza. No entanto, a informação foi negada nesta segunda-feira, 16.
"Atualmente, não há trégua e ajuda humanitária em Gaza em troca da retirada de estrangeiros", informou um comunicado do gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Já Salama Marouf, chefe do gabinete de comunicação do Hamas, alegou não ter recebido nenhuma informação sobre o plano com o Egito.
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Segundo o g1, a Reuters teria informado que o cessar-fogo ocorreria a partir das 9 da manhã no horário local, nesta segunda-feira, 16. No entanto, quando foi chegada a hora (cerca de 3 da madrugada no horário de Brasília), fontes de notícias de Al-Arish disseram que a fronteira permanecia fechada.
Até o momento, a embaixada dos Estados Unidos em Israel não se manifestou sobre o incidente. Já Sameh Shoukry, Ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, disse que o governo israelense não se pronunciou para que a fronteira de Gaza fosse reaberta.
Atualmente, conforme noticiado pelo g1, existe um grupo de 19 brasileiros abrigados na cidade palestina de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, tendo sido alocado em uma casa da região. Além deles, existem outros 12 brasileiros abrigados em um prédio em Khan Younes, uma cidade mais distante da fronteira com o Egito.
Os resgates organizados pelo governo brasileiro planejavam que os civis fossem buscados com aviões da Força Aérea Brasileira (FAB) no Egito. Atualmente, um avião que é utilizado pela Presidência da República foi enviado à Itália, onde espera por autorização para viajar até o Egito.
Antes de chegar a Rafah, o grupo de 19 brasileiros estava abrigado em uma escola católica em Gaza, mas o agravamento da tensão na região levou o local a deixar de ser considerado seguro. Até o momento, cinco voos da operação Voltando em Paz chegaram ao Brasil, tendo resgatado centenas de pessoas.
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