Membros do Proud Boys estão sendo processados por planejamento do ataque à sede do Congresso norte-americano
A justiça norte-americana indiciou, na última segunda-feira, 6, cinco membros do grupo exclusivamente masculino de extrema-direita conhecido como Proud Boys, incluindo seu ex-líder, por conspiração. O processo é relativo à invasão do Capitólio, prédio que sedia o Congresso dos Estados Unidos, em janeiro de 2021.
Enrique Tarrio, que costumava ocupar o maior cargo dentro da hierarquia da organização neofascista, não esteve presente durante o ataque, mas é acusado de ter participado de seu planejamento, de acordo com o The Guardian.
A invasão do local, vale dizer, foi relacionada à crença por parte de alguns estadunidenses apoiadores de Donald Trump de que as eleições presidenciais haviam sido fraudadas.
De acordo com o processo movido contra os integrantes do Proud Boys, eles teriam passado meses arquitetando maneiras de garantir que Joe Biden não se tornasse o próximo presidente.
Sua comunicação, por sua vez, seria feita através de aplicativos de mensagens criptografadas, em um grupo criado por Tarrio e nomeado como "Comitê nacional de planejamento de motim", ainda segundo informações apuradas pelo The Guardian.
A declaração da vitória das eleições presidenciais dos Estados Unidos por Joe Biden, candidato democrata, estava prevista para ocorrer no dia 6 de janeiro de 2021. O evento, todavia, foi tumultuado por uma invasão de centenas de pessoas ao prédio do Congresso norte-americano.
O caráter violento do motim deixou um saldo de cinco mortos e mais de uma centena de feridos, além de deixar um rastro de destruição à propriedade pública. De lá para cá, diversas pessoas foram indiciadas devido à sua participação no ataque do Capitólio, que foi considerado uma investida contra o processo democrático eleitoral.