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Notícias / Delfim Netto

Internautas revivem fala de Delfim Netto sobre a ditadura: 'Eu voltaria a assinar o AI-5'

Frase recente de Antônio Delfim Netto, que faleceu aos 96 anos nesta segunda-feira, 12, repercutiu nas redes sociais; entenda

por Thiago Lincolins
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Publicado em 12/08/2024, às 12h39

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Delfim Netto, ex-ministro e economista - Getty Images
Delfim Netto, ex-ministro e economista - Getty Images

Antônio Delfim Netto, ex-ministro e economista, morreu nesta segunda-feira, 12, aos 96 anos, em São Paulo. Desde o começo do mês, o estudioso estava internado com complicações de saúde, no Hospital Israelita Albert Einstein, em SP.

Delfim Netto é um dos nomes que assinaram o polêmico decreto AI-5, responsável por endurecer o que já era uma ditadura em solo brasileiro no ano de 1968, durante o governo do marechal Costa e Silva. 

O AI-5 resultou em cassações de mandatos, suspensão de direitos políticos, demissões e aposentadorias forçadas. Considerado o decreto mais radical do regime militar, ele também facilitou a intensificação da repressão, resultando em mortes e desaparecimentos de militantes da esquerda armada.

A entrevista

Após a informação da morte do ex-ministro, internautas recuperaram uma entrevista na qual ele fala abertamente sobre o decreto. Em 2021, em conversa com o portal de notícias UOL, Netto afirmou que voltaria a assinar o AI-5. 

"Eu voltaria a assinar o AI-5. Eu tenho dito isso sempre. Aquilo era um processo revolucionário, vocês têm que ler jornais daquele momento. As pessoas não conhecem história, ficam julgando o passado, como se fosse o presente. Naquele instante foi correto, só que você não conhece o futuro", afirmou Delfim Netto em entrevista ao UOL.

Contudo, ele afirmou que aqueles que, atualmente, defendem um decreto similar ao AI-5 são "idiotas". "Quando se assinou o AI-5, o que se imaginava era que o habeas corpus seria para proteger o cidadão, não para matá-lo", explicou. "Hoje nós sabemos para onde queremos ir e aprendemos que só existe um mecanismo para administrar esse país e levá-lo ao progresso, que é o fortalecimento do processo democrático. Isso é um aprendizado", completou.