A nova conclusão desafia noções anteriores da arqueologia, que acreditavam que a civilização egípcia foi a primeira a fazer pão
Um estudo recente concluiu que os povos aborígenes da Austrália já assavam pão há 34 mil anos, assim mudando a noção de que os egípcios foram os primeiros a fabricarem pão, o que apenas aconteceu 8 mil anos atrás.
A conclusão foi alcançada após a descoberta de pedras de amolar no estado australiano da Nova Gales do Sul. A ferramenta é utilizada para triturar sementes até que elas virem farinha, que pode então ser misturada com água para criar massa.
Segundo repercutido pelo Greek Reporter, os próprios colonizadores europeus que chegaram à Austrália em 1788 observaram em documentos históricos que os indígenas dali não eram simples caçadores-coletores, em vez disso se dedicavam ao cultivo de diversas plantas, como o inhame.
O processo de fabricação do pão pelos aborígenes australianos era intrincado e demorado: primeiro, era necessário coletar e descascar uma quantidade significativa de sementes de milho-miúdo, spinifex, acácia espinhosa e outras.
Então, começava a árdua tarefa de moer essas sementes até virarem farinha, o que era feito manualmente. Os resultados, porém, valiam a pena, dado que o pão é um alimento rico em proteína e carboidrato.
Ainda de acordo com os pesquisadores responsáveis pelo estudo, no entanto, essas técnicas tradicionais de assar o pão começaram a desaparecer após a chegada dos colonos britânicos, que trouxeram consigo a farinha branca.