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Notícias / Ilha Marion

Ilha deve bombardear cerca de um milhão de ratos devoradores de albatrozes

Localizada entre a África do Sul e a Antártida, a Ilha Marion vem sofrendo com a presença de ratos, que ameaça albatrozes que vivem na região

por Giovanna Gomes
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Publicado em 03/09/2024, às 10h29

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Imagem ilustrativa - Imagem de Waagefr por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Waagefr por Pixabay

Uma população invasora de camundongos está causando uma grave ameaça aos albatrozes-gigantes da Ilha Marion, localizada entre a África do Sul e a Antártida. Introduzidos acidentalmente por navios de caça de focas no século XIX, esses ratos têm devorado essas aves marinhas vivas, atacando tanto filhotes quanto adultos, o que resultou em um desequilíbrio ecológico na ilha.

Para enfrentar essa crise, conservacionistas do Projeto Marion sem Ratos, uma colaboração entre o governo sul-africano e a organização BirdLife South Africa, estão planejando uma ação de grande escala.

De acordo com informações do portal O Globo, a estratégia inclui a distribuição de 660 toneladas de pellets envenenados com raticida, que serão lançados por helicópteros no inverno de 2027, com o objetivo de erradicar completamente a população de ratos, estimada em até 1 milhão de indivíduos.

Mark Anderson, CEO da BirdLife South Africa, destacou a urgência dessa intervenção: “Temos que nos livrar de cada último rato. Se restar um único casal, eles podem se reproduzir e voltar a causar danos”. Segundo a fonte, a operação está programada para o inverno, quando os ratos estão mais famintos, aumentando assim as chances de sucesso.

A crescente preocupação com os ataques dos camundongos à fauna da Ilha Marion é evidente. Em abril do ano passado, pesquisadores encontraram oito albatrozes adultos mortos, com ferimentos graves causados pelos roedores. Esses ferimentos são profundos, e as aves muitas vezes morrem devido a infecções secundárias ou inanição, pois os ratos as atacam lentamente.

Albatrozes, que passam a maior parte de suas vidas no mar, não possuem defesas naturais contra predadores terrestres, o que os torna particularmente vulneráveis a essas ameaças.

Tentativas anteriores

Tentativas anteriores de controle da população de camundongos na ilha resultaram em desastres ecológicos, como a introdução de gatos na década de 1940, que, no entanto, se tornaram predadores ferozes das aves marinhas. A esperança agora é que o uso planejado de raticida ofereça uma solução mais eficaz e menos prejudicial ao ecossistema local, afetando exclusivamente os ratos.