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Notícias / Igreja

Igrejas suecas podem proibir pai de levar noiva ao altar em cerimônias de casamento

Uma moção para proibição da prática foi apresentada recentemente durante um encontro da igreja sueca; entenda

por Giovanna Gomes
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Publicado em 02/09/2024, às 13h30

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Imagem ilustrativa - Imagem de Robson Junior por Pixabay
Imagem ilustrativa - Imagem de Robson Junior por Pixabay

Uma igreja sueca está debatendo uma tradição cada vez mais presente nos casamentos do país: o pai levar a noiva ao altar. Essa prática, comum em muitos países, não faz parte das tradições suecas, que seguem os costumes da igreja luterana, onde a noiva e o noivo caminham juntos até o altar. Contudo, nos últimos anos, a influência de filmes e séries tem popularizado essa prática na Suécia, causando desconforto entre membros da igreja.

De acordo com o jornal britânico The Guardian, essa tendência ganhou destaque em 2010, quando a princesa herdeira Victoria optou por ser parcialmente conduzida ao altar por seu pai, o rei Carl Gustaf.

Agora, segundo informações do portal O Globo, uma moção foi apresentada durante um encontro da igreja sueca para proibir que pais levem suas filhas ao altar nos casamentos religiosos. Sara Waldenfors, uma pastora de Gotemburgo, argumenta que a prática carrega um simbolismo patriarcal.

A tendência relativamente nova de o pai conduzir a noiva pelo corredor e entregá-la ao seu novo marido não faz parte da nossa tradição na igreja. Mesmo que a cena pareça agradável para os futuros casais, não podemos ignorar o que ela simboliza: um pai entregando uma virgem menor de idade ao seu novo guardião", disse Sara em entrevista ao Guardian.

Ela expressou satisfação por a moção ter gerado discussões importantes, comparando-a a lutas anteriores, como a ordenação de mulheres e o casamento entre pessoas do mesmo sexo na igreja sueca. Para ela, adotar uma tradição que não é originalmente sueca e que contradiz valores de igualdade de gênero não é aceitável.

Outra visão

No entanto, nem todos na igreja sueca compartilham dessa visão. Henrik Lööv, comissário executivo da paróquia de Jönköping, acredita que a prática de o pai entregar a noiva ao noivo é uma forma de incluir a família na cerimônia, e não um ato patriarcal. Ele reconhece que a prática ganhou popularidade nos últimos 10 a 15 anos, mas ressalta que apenas cerca de 10% dos casamentos que celebra envolvem essa tradição.

Segundo Lööv, a controvérsia reflete o conflito entre igualdade de gênero e liberdade individual de escolha, e ele duvida que a moção será aprovada devido à falta de apoio.