O julgamento dos envolvidos na morte de Lucas Terra começou nesta terça-feira, 25
Em março de 2001, Lucas Terra, um menino de 14 anos na época, teria sido morto pelos pastores Joel Miranda e Fernando Aparecido da Silva após ter flagrado os dois em uma relação sexual dentro do templo da Igreja Universal do Reino de Deus, localizada no bairro Rio Vermelho, Salvador. Após ser violentado, o menino foi colocado em uma caixa de madeira e queimado vivo.
Passados 22 anos do crime, nesta terça-feira, 25, conforme repercutiu o portal de notícias G1, foi dado início ao julgamento que irá decidir o futuro dos pastores acusados de assassinar o menino. Os réus serão julgados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.
Com o início do julgamento e a repercussão do caso, a Igreja Universal se posicionou publicamente em uma nota divulgada. Confira abaixo a mensagem na íntegra:
"A Igreja Universal do Reino de Deus esclarece que está completamente convicta quanto à inocência de Fernando Aparecido da Silva e Joel Miranda, que são Pastores da Universal, estando um em Minas Gerais, e o outro no Rio de Janeiro.
Quem conhece o trabalho da Igreja sabe que ela exige de todos os membros de seu corpo eclesiástico um comportamento irretocável, para que possam exercer a função missionária a eles confiada, como um verdadeiro exemplo de conduta para a comunidade onde atuam. Afastando, assim, qualquer um que tenha um comportamento contrário à fé cristã e do comportamento requerido de bispos e pastores. Contudo, em relação aos dois – ambos com quase 32 anos de ministério –, jamais foi encontrado, até aqui, comportamentos, provas ou indícios que os coloquem na cena deste crime tão brutal e lamentável.
Posto isto, a Universal reforça que continua acreditando na Justiça brasileira, e tem a convicção de que será restabelecida a justa decisão à época da Juíza de 1ª instância, de não os levarem a júri popular, por absoluta ausência de provas contra os mesmos.
Nossas orações – pelos familiares da vítima –, e pelos pastores, que, juntamente de seus familiares, têm sido submetidos a uma grave, descabida e injusta pena, em uma campanha midiática que já dura há anos. Os Bispos, pastores e milhões de simpatizantes da Universal que estão entre as maiores vítimas de preconceito religioso no Brasil, sentem também essa dor".