De acordo com as evidências encontradas, as pessoas da época viam as aves de maneira muito diferente do que a maioria de nós vê hoje
Após analisarem alguns dos ossos mais antigos de galinhas europeias que temos acesso, datados de até 800 a.C, pesquisadores concluíram que, a princípio, as populações humanas não usavam essas aves como alimento, segundo dizem em um estudo publicado recentemente na revista Antiquity.
Segundo informações repercutidas pelo Phys.org, os esqueletos investigados estavam frequentemente inteiros, diferente do que aconteceria caso os animais tivessem sido cozinhados, e também pertenciam a indivíduos de idade avançada.
Em um caso específico, os cientistas foram, inclusive, capazes de identificarem uma galinha com uma fratura antiga na perna, que, contudo, fora curada de forma que indicava que a ave teria recebido os cuidados de um humano.
Vale mencionar ainda que já foram encontrados na Inglaterra diversos enterros da Idade do Ferro em que as pessoas foram sepultadas juntamente de aves, levando pesquisadores a questionarem o significado atribuído por aquelas populações a esses animais.
Essas pistas sugerem que, em vez de serem considerados uma fonte de alimento, essas primeiras galinhas chegadas ao norte da Europa provavelmente eram consideradas animais exóticos, especialmente devido ao pequeno tamanho da população na época", explicaram os autores do artigo em um texto ao The Conversation.
Dessa forma, teria havido uma lacuna de várias centenas de anos entre o momento em que as populações humanas começaram a interagir com galinhas e o período a partir do qual decidiram começar a comer sua carne.
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