Segundo as autoridades, os torcedores foram detidos, pois “viraram as costas para o campo e não ficaram de pé enquanto o hino nacional era tocado”
Publicado em 07/06/2024, às 15h50
A polícia informou que três pessoas foram presas por se recusarem a se levantar e virarem as costas durante a execução do hino nacional da China antes do jogo da segunda fase das eliminatórias asiáticas para a Copa do Mundo em Hong Kong contra o Irã.
Antigamente, os torcedores de futebol em Hong Kong costumavam expressar seu descontentamento político vaiando o hino chinês, mas em 2020 o governo proibiu essa prática como parte de uma repressão mais ampla após grandes protestos democráticos na cidade.
Na quinta-feira, 6, no Estádio de Hong Kong, a polícia relatou que dois homens e uma mulher foram detidos, pois “viraram as costas para o campo e não ficaram de pé enquanto o hino nacional era tocado”.
“A polícia enfatizou que qualquer pessoa que insulte pública e intencionalmente o hino nacional de qualquer forma comete um crime”, afirmou a autoridade em um comunicado, conforme repercutido pelo jornal O Globo.
Os três indivíduos que foram detidos tinham idades entre 18 e 31 anos. Em caso de condenação, eles enfrentam uma pena de até três anos de prisão e uma multa de HK$ 50.000 (aproximadamente R$ 33.833,653).
As chances de Hong Kong avançar para a próxima fase das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026 já eram inexistentes quando eles foram derrotados pelo Irã por 4 a 2 nesta semana. Hong Kong, sendo uma região administrativa especial da China, compete sob seu próprio nome em diversos esportes internacionais, incluindo o futebol.
Durante a tumultuada década de 2010, em meio a questões políticas, a equipe de Hong Kong se tornou um símbolo de orgulho cívico e, muitas vezes, de descontentamento com o governo. Naquela época, o hino nacional chinês era frequentemente vaiado antes dos jogos de Hong Kong, indignando as autoridades locais e continentais.
