A outra espécie ancestral seria derivada de neandertais e denisovanos
Utilizando inteligência artificial, um grupo de biólogos evolucionistas europeus defende a ideia de que o ser humano tem um ancestral antigo, ainda desconhecido pela ciência moderna.
Denisovanos e neandertais se separaram de seu ancestral comum por volta de 744 mil anos atrás. Os neandertais se estabeleceram na Europa e em partes da Ásia ocidental, enquanto os denisovanos se espalharam pela Ásia central e a Sibéria.
Os dois grupos, geneticamente independentes, provavelmente cruzaram com humanos modernos. Ao pesquisar a demografia das espécies há quase 800 mil anos, no entanto, os cientistas se depararam com a descoberta.
Eles treinaram um algoritmo “para aprender a prever a demografia humana usando genomas obtidos através de centenas de milhares de simulações”, afirma Òscar Lao, investigador do Centro Nacional de Análise Genômica.
“Sempre que executamos uma simulação, estamos percorrendo um caminho possível na história da humanidade. De todas as simulações, o aprendizado profundo nos permite observar o que faz o quebra-cabeça ancestral se encaixar.”
Essas simulações indicam que houve um ancestral Neandertal-Denisovano. Segundo os pesquisadores outras evidências apoiam essa suposição. Em agosto de 2018, por exemplo, foram encontrados pela primeira vez fósseis que indicaram um híbrido genético entre as duas espécies.
Para a equipe, a descoberta de mais espécies híbridas pode corroborar as previsões da inteligência artificial. A possibilidade de uma nova espécie oferece novos desafios para os cientistas e arqueólogos em relação ao passado do homem moderno.