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Notícias / Haiti

Haiti: Viúva de presidente é acusada de participação em assassinato

Martine Moïse foi acusada pelo juiz responsável pelo caso, que ocorreu em 2021, por ter participado da morte do marido, o presidente do Haiti

Isabelly de Lima Publicado em 20/02/2024, às 07h59

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O presidente Jovenel Moïse, assassinado em 2021 - Getty Imagens
O presidente Jovenel Moïse, assassinado em 2021 - Getty Imagens

Encarregado da investigação do assassinato do presidente Jovenel Moïse em 2021, um juiz haitiano acusou cerca de 50 pessoas, incluindo a viúva Martine Moïse e o ex-primeiro-ministro Claude Joseph, de envolvimento no crime, segundo um documento que vazou à imprensa local.

+ Haiti: Ex-senador é condenado à prisão perpétua por morte do presidente Jovenel Moïse

O arquivo de 122 páginas do juiz Walther Wesser Voltaire, divulgado pelo AyiboPost, aponta que Martine Moïse teria conspirado com o ex-primeiro-ministro Claude Joseph para assassinar o presidente, com o objetivo de assumir o poder.

O assassinato de Moise ocorreu quando homens armados invadiram seu quarto em Porto Príncipe na noite de 7 de julho de 2021, resultando na morte do presidente e em ferimentos na ex-primeira-dama. A ordem de prisão e julgamento dos acusados foi emitida pelo juiz.

Tanto a ex-primeira-dama quanto Joseph não responderam imediatamente aos pedidos de comentários da Reuters. Moise, por sua vez, criticou nas redes sociais o que considera "prisões injustas e perseguições políticas". Joseph afirmou ao Miami Herald que o atual primeiro-ministro, Ariel Henry, era o principal beneficiário do caso e estava agora "manipulando o sistema judicial haitiano" para perseguir opositores em um "golpe de Estado clássico".

Um porta-voz do gabinete de Henry enfatizou que o juiz é independente e "livre para emitir sua ordem de acordo com a lei e sua consciência".

Substituição do líder

Henry foi nomeado para substituirJoseph, que agora lidera um partido de oposição, pouco antes do assassinato de Moise. Ele prometeu realizar eleições, mas as adiou indefinidamente, citando um terremoto devastador e o poder crescente de grupos criminosos fortemente armados, para os quais solicitou ajuda externa.

É estimado que as gangues controlem a maior parte da capital, e o Quênia está se preparando para liderar uma força internacional ratificada pela ONU para apoiar a polícia haitiana. No entanto, abusos anteriores cometidos por missões estrangeiras e alegações contra o governo de Henry deixaram os países receosos de oferecer ajuda voluntária, segundo a CNN Brasil.

Além disso, um caso relacionado ao assassinato de Moise está sendo julgado em Miami, onde seis dos 11 réus se declararam culpados de conspirar para enviar mercenários colombianos para sequestrar Moise, um plano que foi alterado para assassiná-lo na última hora. Os conspiradores, segundo as acusações dos EUA, tentaram substituir Moise pelo pastor haitiano-americano Christian Emmanuel Sanon.