Ao levar multa, uma norte-americana tentou uma tática curiosa para escapar da infração
Uma mulher grávida moradora do estado do Texas, nos EUA, deverá entrar com um recurso após ter recebido uma multa de trânsito por dirigir em uma pista destinada a veículos com mais de uma pessoa a bordo. Brandy Bottone, de 32 anos, alega que a bebê que ela espera deveria ser contada como uma passageira.
Multada em US$ 275 (mais de R$ 1,4 mil) pela polícia texana, a mulher acredita que não deveria ser penalizada. O motivo, segundo ela, é que, com a derrubada do direito constitucional ao aborto pela Suprema Corte americana, sua bebê deve contar como uma pessoa. Grávida de 34 semanas, Bottone, planeja entrar na Justiça para contestar a multa.
"Minha bebê está bem aqui. Ela é uma pessoa", disse a motorista ao policial no momento da abordagem. O agente, no entanto, apontou que a pista exigia duas pessoas "fora do corpo" e aplicou a multa.
"Pensei que [ser parada pela polícia] era algo estranho e disse 'com tudo o que está acontecendo, especialmente no Texas, isso conta como um bebê", disse a americana em entrevista ao The Washington Post.
Segundo a BBC, por mais que o Código Penal do Texas reconheça um bebê não nascido como de fato uma pessoa, as leis de trânsito funcionam de outra maneira.
Para especialistas jurídicos o caso de Bottone expõe uma "zona cinzenta" que surgiu com a decisão da Suprema Corte americana de retirar o direito constitucional ao aborto no mês passado.