Após anos de espera, o maior museu arqueológico do mundo inicia suas atividades, oferecendo uma imersão na história do antigo Egito
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 15/10/2024, às 19h30
Um marco histórico para a arqueologia e a cultura mundial foi alcançado nesta terça-feira, 15, com a abertura parcial do Grande Museu Egípcio. Localizado nas proximidades das famosas pirâmides de Gizé, o megaprojeto, que custou bilhões de dólares e levou mais de uma década para ser construído, finalmente abre suas portas ao público, mesmo que parcialmente, revelando uma coleção de mais de 100.000 artefatos que contam a história milenar do antigo Egito.
O museu abrirá seus salões para 4.000 visitantes como um teste até a data oficial de abertura, que ainda não foi definida. Al-Tayeb Abbas, assistente do ministro de antiguidades do Grande Museu, disse que a inauguração ainda não tem data, mas que o teste ajudaria a preparar a abertura total.
A inauguração do museu, que foi adiada diversas vezes devido a diversos fatores, incluindo a pandemia de Covid-19, marca o início de uma nova era para o estudo e a apreciação da civilização egípcia.
Inicialmente, 12 galerias estarão abertas ao público, apresentando uma ampla gama de artefatos que abrangem desde o período pré-dinástico até a era greco-romana. Mas, a fascinante coleção do faraó Tutancâmon ainda não foi revelada.
As épocas que serão exibidas nas galerias principais incluem o terceiro período intermediário (cerca de 1070-664 aC), período tardio (664-332 aC), período greco-romano (332 aC-395 dC), novo reino (1550-1070 aC), reino médio (2030-1650 AC) e antigo reino (2649-2130 AC).
Os visitantes poderão explorar salas temáticas que abordam a sociedade, a religião e a doutrina do antigo Egito. Cada salão foi cuidadosamente organizado por dinastia e ordem histórica, permitindo uma imersão completa na evolução da civilização egípcia.
Segundo o 'The Guardian', além da vasta coleção de artefatos, o Grande Museu Egípcio oferece aos visitantes uma experiência imersiva através de tecnologias avançadas. Telas interativas, apresentações multimídia e realidade virtual são utilizadas para explicar a vida dos antigos egípcios, seus costumes e suas crenças.
Uma das atrações mais impressionantes é a grande escadaria, com seis andares de altura, que oferece uma vista panorâmica das pirâmides. A área comercial, já aberta ao público, exibe monumentos e artefatos, proporcionando uma experiência completa para os visitantes.
"O museu não é apenas um lugar para exibir antiguidades, mas também tem como objetivo atrair crianças para aprender sobre a história do antigo Egito. O museu é um presente para o mundo todo", afirmou Eissa Zidan, diretora-geral de restauração preliminar e transferência de antiguidades do museu, em entrevista ao 'The Guardian'.
