O presidente da instituição revelou as medidas que serão tomadas sobre os áudios, veja o vídeo
No começo da semana, áudios de sessões de julgamento no Superior Tribunal Militar (STM), revelando torturas físicas e psicológicas sofridas por presos durante a Ditadura Militar, foram divulgados.
E na abertura da sessão desta terça-feira, 19, o atual presidente da Instituição, o general Luis Carlos Gomes Mattos, falou que o ocorrido “não estragou a Páscoa de ninguém” e o STM “é transparente em seus julgamentos”.
“Aquilo ali [divulgação dos áudios] a gente já sabe os motivos do porquê isso vem acontecendo agora, nesses últimos dias, seguidamente, por várias direções, querendo atingir as Forças Armadas, o Exército, a Marinha, a Aeronáutica e, sem dúvida, nós, que somos quem cuida da disciplina e hierarquia, que são os pilares das nossas Forças Armadas”, afirmou Mattos.
Também destacou a conversa que teve com o coronel assessor de comunicação, DidioPereiradeCampos, afirmando que não irão fazer nada a respeito da repercussão desses fatos.
Sobre a pauta, o vice-presidente da república, Hamilton Mourão, descartou qualquer possibilidade de investigação das torturas.
“Apurar o quê? Os caras já morreram tudo (sic). Vai fazer o quê? Trazer os caras do túmulo de volta lá?”.
Durante a abertura da sessão desta terça, o general Mattos disse que o incômodo causado pela divulgação dos áudios é que “vira e mexe, não tem nada para buscar''. Hoje, vão rebuscar o passado. Só varrem um lado, não varrem o outro”.
E alegou que o melhor é continuar os trabalhos visando o futuro, do que relembrando o passado.
Veja o vídeo:
Na última segunda-feira (18), foram divulgadas mais de 10 mil horas de gravações de áudios de audiências de militares entre os anos de 1975 a 1979.
Um dos relatos mais fortes, ficou por conta de NádiaLúciadoNascimento, que sofreu choques e palmatórias enquanto estava grávida, o que resultou na morte de seu bebê.