Os descendentes dos hipopótamos trazidos pelo narcotraficante na década de 1980 não param de se reproduzir e viraram um verdadeiro problema para as autoridades
O futuro dos descendentes dos hipopótamos trazidos pelo narcotraficantePablo Escobar na década de 1980 para a Colômbia será determinado por uma Comissão Nacional das Espécies Invasoras convocada pelas autoridades colombianas.
Na última quarta-feira, 2, o Ministério do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Colômbia considerou os animais uma espécie “que representa uma ameaça”. Segundo o ministro da pasta, Eduardo Correa, é necessário tomar “medidas urgentes”.
Como informou a agência de notícias Lusa, um dos planos do comitê é declarar os hipopótamos, que não param de se reproduzir, como uma espécie invasora. “Temos de agir agora”, afirmou Correa, que pediu que peritos e organizações internacionais “tomassem decisões face a este fenômeno”.
Segundo um estudo do Instituto Alexander von Humboldt e da Universidade Nacional, existem atualmente 133 exemplares da espécie em território colombiano, o que representa uma taxa de crescimento superior a registrada, inclusive, na África.
Ainda de acordo com o relatório, os animais migraram da região de Magdalena Medio, onde foram introduzidas pelo narcotraficante há mais de 40 anos, para a Depressão Momposina, causando problemas para a fauna local e representando riscos para espécies nativas como o manatim.
Foi possível concluir ainda a forma como esses animais se movimentam pela região. Três grupos de hipopótamos que contam com quatro a 35 indivíduos circulam em Doradal, Rio Cocorná e Isla del Silencio, enquanto outros grupos familiares compostos por dois a quatro espécimes habitam o restante das áreas estudadas e são formados por pares de adultos os famílias com um ou dois filhotes.