Autores do documento chamaram as atitudes do bilionário de "fonte de constrangimento"
Ao menos cinco funcionários da SpaceX foram demitidos na última quinta-feira, 16, e de acordo a emissora norte-americana CNN, o motivo teria sido uma carta em que o fundador da empresa espacial, Elon Musk, era criticado.
O documento, que era direcionado aos executivos da companhia e contavam com uma série de assinaturas, pedia que o nome da agência fosse desassociado ao do bilionário, cuja presença pública foi considerada "constrangedora" pelos autores.
O comportamento de Elon na esfera pública é uma fonte frequente de distração e constrangimento para nós, particularmente nas semanas mais recentes. Como nosso CEO e mais proeminente porta-voz, Elon é visto como o rosto da SpaceX — cada tuíte escrito por Elon é uma declaração pública da companhia", afirmava a carta, segundo divulgado pelo The Verge.
"É fundamental deixar claro para nosso time e para nossos possíveis futuros funcionários que as mensagens dele não refletem nosso trabalho, nossa missão ou nossos valores", concluía o texto.
Os autores da carta aberta também solicitavam que fosse criado um melhor ambiente de trabalho, definindo de forma clara que comportamentos eram aceitáveis e inaceitáveis, e garantir que "todos os líderes" sejam "igualmente responsabilizados" por seus deslizes, ainda de acordo com as informações apuradas pela CNN.
O documento teria sido enviado no "Morale Boosters", um chat de conversas da própria SpaceX que conta com milhares de funcionários da empresa.
Já de acordo com a presidente da companhia espacial, Gwynne Shotwell, que enviou um e-mail ao New York Times esclarecendo a situação, os profissionais desligados da empresa teriam deixado outros "desconfortáveis, intimidados e intimidados e/ou irritados porque a carta os pressionou a assinar algo que não refletia seus pontos de vista".