Bloco de mármore que compunha friso encontrado na costa italiana teria pertencido ao famoso Templo de Zeus, da antiga cidade grega de Akragas
Recentemente, o grupo italiano sem fins lucrativos BCsicilia informou em comunicado que alguns de seus arqueólogos subaquáticos encontrara, a apenas 300 metros da costa da Sicília e a uma profundidade de 9 metros, um bloco de mármore que teria sido, no passado, um friso (um espaço compreendido na parte superior do entablamento comum em obras da arquitetura clássica).
Segundo especialistas, o objeto teria sido parte do famoso e importante Templo de Zeus, da cidade grega de Akragas.
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A BCsicilia descreve que o bloco de mármore mede 2 metros de comprimento por 1,6 metros de altura. Além disso, seu material é o mármore Proconésio, proveniente das pedreiras da ilha de Marmara Adasi (Ilha de Mármara), da Turquia.
Além disso, em um dos lados do friso, há esculpida a representação de um cavalo empinado, um indicativo de que ele teria provavelmente adornado a fachada externa da estrutura do templo. Vale mencionar que, na Grécia Antiga, os cavalos eram comumente representados como um símbolo de poder e força, sendo um tema artístico bastante recorrente.
A descoberta extraordinária foi imediatamente comunicada à Superintendência do Mar com o propósito de recuperar o achado excepcional, que foi finalmente trazido de volta à costa esta manhã", informou um representante da BCsicilia ao Heritage Daily.
Ainda segundo o Heritage Daily, o Templo de Zeus é um grande templo dórico localizado no Vale dos Templos, um sítio arqueológico em Agrigento, na Sicília, Itália. O vale, no passado, era o centro cerimonial da antiga cidade de Akragas, abrigando não só o Templo de Zeus, como também o Templo da Concórdia, o Templo de Juno, o Templo de Hércules, o Templo de Castor e Pólux, o Templo de Hefesto (Vulcano) e o Templo de Asclépio.
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No caso, o Templo de Zeus vale um destaque especial, sendo um dos maiores templos dóricos já construídos, com impressionantes 112 metros de comprimento e 56 metros de largura.
No entanto, conforme já foi registrado no passado por Diodorus Siculus, um famoso historiador da Grécia Antiga, a construção do templo nunca foi concluída, tendo sido interrompida depois da conquista cartaginesa sobre Akragas, no ano 406 a.C.
Eventualmente, o templo também não suportou ações de terremotos, sendo derrubado, e no século 18 ele foi explorado para fornecer materiais de construção para outros assentamentos próximos.