Uma relação de evolução já aponta que aves, roedores e pequenos mamíferos são os mais afetados com o aquecimento global
Revisões de pesquisas já existentes apontam que as fortes mudanças climáticas em todo o mundo podem ser o principal motivo de mutações genéticas drásticas em alguns animais de sangue quente, de acordo com a CNN Brasil.
Sara Ryding, pesquisadora da Universidade Deakin na Austrália publicou recentemente uma pesquisa na revista “Trends in Ecology & Evolution” afirmando que isso não significa necessariamente que os animais estejam evoluindo pois essas mudanças não ajudam na sobrevivência, e, portanto, não são benéficas aos bichos.
Outro estudo realizado com aves mortas ao atingir prédios muito altos em Chicago durante as migrações aponta que os pássaros são os animais mais afetados por essas mutações. Mudanças nos tamanhos de partes, como bicos com aumentos de 4% a 10%, corpos menores e apêndices maiores são as alterações mais perceptíveis.
“Ambos os estudos observam como os animais respondem às mudanças climáticas alterando sua área de superfície em relação ao volume”, explicou Ryding. Apesar dos pássaros serem as principais vítimas dessas rápidas mudanças corporais, o segundo estudo apontou que, além deles, musaranhos e morcegos também tiveram aumentos relativos de orelhas, cauda, patas e asas.
Apesar do aquecimento global ser colocado como o grande vilão destas mutações, ambos estudos garantem que foi difícil “estabelecer causalidade com confiança” já que existem diversos efeitos que as mudanças climáticas são capazes de causar no meio ambiente.
Confira a pesquisa completa aqui.