Segundo Ministro da saúde venezuelano, mais duas mil pessoas passarão por ensaios clínicos no país
No último domingo, 4, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou que seu filho participará de testes da vacina russa, Sputnik V, contra o novo coronavírus no país. A irmã do presidente também deverá se voluntariar.
"Nesta fase clínica de testes, meu filho, Nicolás Ernesto Maduro Guerra, me informou a decisão de se vacinar com a vacina russa, de se incorporar à prova. Acho muito bom", declarou o chefe de Estado chavista, durante programa transmitido pela TV estatal VTV. Maduro Guerra, de 30 anos, é político e integra, junto de seu pai, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).
Segundo o ministro da Saúde do país, Carlos Alvarado, o primeiro lote de vacinas Sputnik V chegou ao país na última sexta-feira, 2. Cerca de dois mil venezuelanos serão voluntários em ensaios clínicos.
A Rússia foi o primeiro país a aprovar oficialmente uma vacina contra a Covid-19, em 11 de agosto. Já no mesmo mês, o governo da Venezuela tinha anunciado que participaria da primeira fase de testes. "Quando estiver encerrada toda a fase científica, clínica, de testes, virá a vacinação voluntária (...) Assim que começarmos a vacinação em massa (...), eu serei o primeiro a tomá-la", afirmou Maduro.
A Rússia é um dos principais aliados do presidente socialista frente à pressão internacional liderada pelos EUA, que não reconhece os resultados da eleição venezuelana, considerada por eles fraudulenta. Washington e mais 50 países estão em apoio ao líder parlamentar opositor Juan Guaidó.
Guaidó, por sua vez, criticou a decisão de incluir o país latino-americano nos testes com a vacina russa: "Usam nosso povo como cobaias".