Relatório recente da Organização Meteorológica Mundial traz dados preocupantes
Nos próximos cinco anos, existe 50% de chance das temperaturas ultrapassarem o marco de 1,5°C de aumento do início da industrialização para cá, algo que é chamado pelos especialistas de "limite crítico" por representar um momento a partir do qual os efeitos do aquecimento global passam a ter consequências muito mais graves.
A estatística vem de um novo relatório da Organização Meteorológica Mundial, e, de acordo com o documento, no mínimo um ano entre 2022 e 2026 irá além do 1,5°C, quebrando recordes de calor.
Os cientistas ainda afirmam com 93% de certeza que esse ano será o mais quente já documentado na história da humanidade, conforme repercutido pela CNN.
Mesmo sem nos focarmos nesse cenário mais extremo, porém, as chances dos próximos cinco anos serem bem mais quentes que os últimos cinco são altas.
A Organização Meteorológica Mundial afirma que o aumento das temperaturas acima do limite crítico será temporária, contudo, seus efeitos para o planeta podem ser duradouros.
O crescimento do calor pode destruir certos ecossistemas, como recifes de corais, importantes para a fauna marinha, por exemplo.
Outra consequência é um derretimento acelerado do permafrost (tipo de solo caracterizado por permanecer congelado durante todas as estações), o que liberaria grandes quantidades de monóxido de carbono para a atmosfera.
Ainda segundo a CNN, outro detalhe é que a situação de ultrapassarmos o marco de 1,5°C uma vez é um mau sinal por si só, significando que estamos mais próximos de que aconteça outras vezes, possivelmente de forma mais duradoura nessas ocasiões futuras.
"Enquanto continuarmos a emitir gases de efeito estufa, as temperaturas continuarão a subir. Além disso, nossos oceanos continuarão a se tornar mais quentes e ácidos, o gelo marinho e as geleiras continuarão a derreter, o nível do mar continuará a subir e nosso clima se tornará mais extremo. O aquecimento do Ártico é desproporcionalmente alto e o que acontece no Ártico afeta a todos nós", alertaPetteri Taalas, o secretário-geral do órgão.