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Notícias / Tupac

Ex-líder de gangue busca anular acusações pelo assassinato de Tupac

Moção argumenta que o longo intervalo de 27 anos entre o crime e o processo judicial prejudicou irreversivelmente o suspeito

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Éric Moreira Publicado em 07/01/2025, às 15h03

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Duane Davis (à esq.) è acusado de envolvimento no assassinato do rapper Tupac (à dir.) - Getty Images
Duane Davis (à esq.) è acusado de envolvimento no assassinato do rapper Tupac (à dir.) - Getty Images

Duane Davis, ex-líder de gangue acusado de orquestrar o assassinato do ícone do rap Tupac Shakur em 1996, busca a retirada de todas as acusações contra ele. Seu advogado, Carl Arnold, entrou com uma moção no Tribunal Distrital de Nevada na última segunda-feira, 6, alegando falhas constitucionais devido ao longo atraso no caso.

A moção argumenta que o intervalo de 27 anos entre o crime e o processo judicial prejudicou irreversivelmenteDavis, e cita a falta de provas corroborativas, além de alegar que as autoridades não cumpriram acordos de imunidade anteriormente concedidos.

Arnold declarou que a demora no processo “prejudica a integridade do sistema de justiça criminal”. Ele também afirmou que os acordos de imunidade concedidos pelas autoridades federais e locais a Davis devem ser honrados.

Por outro lado, o promotor público do Condado de Clark, Steve Wolfson, sustentou que as evidências contra Davis são robustas e um júri será responsável por avaliar a revisão dos relatos do réu, inclusive os contidos no livro de memórias de Davis, publicado em 2019.

Assassinato de Tupac

Davis, natural de Compton, Califórnia, foi preso em setembro de 2023, perto de Las Vegas, e foi declarado inocente da acusação de homicídio em primeiro grau. Ele é acusado de planejar e facilitar o tiroteio que resultou na morte de Tupac Shakur e no ferimento de Marion “Suge” Knight, após uma briga no cassino MGM Grand, em Las Vegas.

As autoridades associaram o crime à rivalidade entre as gangues Crips e Bloods, intensificado em uma disputa pelo domínio do “gangsta rap”. Segundo os relatos, Davis teria adquirido uma arma de calibre .40 e a entregue ao seu sobrinho, Orlando “Baby Lane”Anderson, que estava no banco de trás de um carro de onde foram disparados os tiros contra Shakur e Knight.

Tupac Shakur, então com 25 anos, morreu uma semana após o ataque. Knight sobreviveu, mas cumpre uma sentença de 28 anos de prisão por outro assassinato ocorrido em 2015.

Anderson, que negou envolvimento no crime, foi morto em 1998, aos 23 anos, em um tiroteio em Compton. Os outros dois ocupantes do carro também já faleceram, repercute o New York Post.

Apesar das acusações, um detetive da polícia de Las Vegas afirmou perante o grande júri que a arma utilizada no crime nunca foi recuperada, assim como o veículo de onde partiram os disparos.

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