Foi o primeiro julgamento que avalia supostas atrocidades ocorridas durante o regime de Bashar al-Assad
Um tribunal alemão condenou Eyad al-Gharib, ex-oficial da inteligência do governo sírio, a quatro anos e meio de prisão por corroborar com crimes contra a humanidade durante o regime do presidente sírio Bashar al-Assad.
O julgamento iniciou em abril de 2020 e foi o primeiro que avaliou acusações de tortura e perseguição durante os protestos pró-democracia que eclodiram em 2011 contra o regime do líder.
De acordo com a BBC, outro agente ainda está sendo julgado; Anwar Raslan conseguiu asilo na Alemanha durante a guerra civil, sendo presos preventivamente em 2019 e, posteriormente, sendo convocados por promotores alemães que invocaram o princípio de "jurisdição universal" para crimes de tamanha gravidade relatada.
HUGE news for #Syria -- in a 1st for accountability efforts, Eyad al-Gharib, a former #Assad intelligence officer, has been convicted of being an accomplice to crimes against humanity.
— Charles Lister (@Charles_Lister) February 24, 2021
It's taken nearly 10yrs to get here, but the path is being paved:https://t.co/Nkdf4KfAacpic.twitter.com/p5KzPE8sUd
Eyad passou boa parte do tempo com o rosto coberto no tribunal, evitando ser fotografado por agências de notícia internacionais. O julgamento apontou que ele levou ao menos 30 manifestantes para uma prisão do governo para serem torturados enquanto era oficial da Diretoria Geral de Inteligência (GID) na Síria.