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Notícias / Mundo

Evo Morales não será investigado por crimes contra humanidade em Haia

O antigo presidente da Bolívia foi acusado de impedir entrega de suprimentos médicos em 2020

Paola Orlovas, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 15/02/2022, às 15h23

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Evo Morales em 2020 - Getty Images
Evo Morales em 2020 - Getty Images

O tribunal de Haia, ou Tribunal Penal Internacional (TPI), rejeitou um pedido do antigo governo interino da Bolívia na última segunda-feira, 15. O governo de Jeanine Áñez havia solicitado que o ex-presidente do país, Evo Morales, fosse investigado por crimes contra a humanidade.

O governo de Jeanine Áñez acusou Morales e organizadores de um bloqueio rodoviário de impedir uma entrega de medicamentos para hospitais em setembro de 2020. O acontecimento resultou na morte de 40 pacientes por coronavírus.

Karim Khan, promotor-chefe do tribunal de Haia, afirmou que não abriria uma investigação formal contra Morales, porque, segundo a AFP, os supostos atos do ex-presidente boliviano não estavam dentro da jurisdição do TPI:

Após uma avaliação completa e independente das informações disponíveis em meu escritório, determinei que os critérios estabelecidos no Estatuto de Roma para abrir uma investigação não foram atendidos", disse o promotor em um comunicado. 

Khan também disse que mesmo que os possíveis atos fossem comprovados, eles não iriam compor um “ataque” coordenado contra a população civil boliviana, e então, como crimes contra a humanidade.