O antigo presidente da Bolívia foi acusado de impedir entrega de suprimentos médicos em 2020
O tribunal de Haia, ou Tribunal Penal Internacional (TPI), rejeitou um pedido do antigo governo interino da Bolívia na última segunda-feira, 15. O governo de Jeanine Áñez havia solicitado que o ex-presidente do país, Evo Morales, fosse investigado por crimes contra a humanidade.
O governo de Jeanine Áñez acusou Morales e organizadores de um bloqueio rodoviário de impedir uma entrega de medicamentos para hospitais em setembro de 2020. O acontecimento resultou na morte de 40 pacientes por coronavírus.
Karim Khan, promotor-chefe do tribunal de Haia, afirmou que não abriria uma investigação formal contra Morales, porque, segundo a AFP, os supostos atos do ex-presidente boliviano não estavam dentro da jurisdição do TPI:
Após uma avaliação completa e independente das informações disponíveis em meu escritório, determinei que os critérios estabelecidos no Estatuto de Roma para abrir uma investigação não foram atendidos", disse o promotor em um comunicado.
Khan também disse que mesmo que os possíveis atos fossem comprovados, eles não iriam compor um “ataque” coordenado contra a população civil boliviana, e então, como crimes contra a humanidade.