Evidências do evento, que teria acontecido 3,84 bilhões de anos atrás, foram encontradas por cientistas na Austrália
Cientistas da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, identificaram a evidência mais antiga de um impacto de meteorito na Terra. O corpo espacial teria se chocado com nosso planeta no oeste da Austrália há 3,48 bilhões de anos.
O impacto de meteorito pôde ser identificado por causa de um rastro deixado por ele em um bloco de rochas vulcânicas e sedimentares conhecido como a 'formação geológica Dresser'.
Nosso planeta já tem cerca de 4,5 bilhões de anos. Antes dessa nova descoberta na Austrália, o impacto de meteorito mais antigo identificado também aconteceu na Austrália, há 3,47 bilhões de anos. O terceiro lugar na lista de impactos de meteorito mais antigos da história aconteceu na África do Sul, há 3,45 bilhões de anos.
Segundo a Superinteressante, o local onde o primeiro impacto de meteorito foi identificado, um grande bloco rochoso chamado de formação Dresser, é essencial para o entendimento dos primeiros ecossistemas da Terra pela ciência, já que na região foram encontradas algumas das primeiras evidências de vida terrestre microbial.
Essa estrutura geológica também é importante para servir de base para muitos dos estudos realizados procurando vida em Marte, já que a crosta do planeta tem uma idade similar à da formação rochosa australiana.
Christian Köberl, que é professor de geologia planetária da Universidade de Viena, anunciou a descoberta de esferas de rocha com um milímetro de comprimento cada produzidas pelo impacto de um meteorito na Conferência de Ciência Lunar e Planetária que aconteceu nos Estados Unidos na última terça-feira, 14. O fato foi informado pela revista de divulgação científica NewScientist.
Outro detalhe importante é que, quando um meteorito atinge a Terra, ele não vem sozinho. Na região do impacto, acontece uma chuva de partículas da rocha espacial, que derreteram ao entrar na atmosfera do nosso planeta e se solidificaram após o choque. Para ter certeza se eram evidências de meteoritos, Köberl e seu time de cientistas realizaram uma análise completa da textura e da composição química das esferas.