O guia decidiu interromper a excursão que realizava para salvar o estranho em perigo
No último mês de maio, um guia turísticosherpa (que é um grupo étnico que vive na região do Tibete, Nepal e Índia) interrompeu uma excursão em que levava um turista chinês para o topo do Everest para resgatar um alpinista em perigo.
O homem em apuros, que era malaio, estava preso em uma área da montanha conhecida como "zona da morte" devido ao grande número de pessoas que vem a óbito nela. Localizada a 8 mil metros do nível do mar, ela é perigosa devido aos efeitos extremos que o ar rarefeito e as baixas temperaturas têm no corpo humano nesta altitude.
Gelje Sherpa, assim como um parceiro seu que se juntou ao resgate, Nima Tashi Sherpa, enrolaram o alpinista malaio em uma esteira de dormir para tentar aquecê-lo, já que ele tremia de frio, e o transportaram por uma descida de centenas de metros. Durante parte do trajeto, a dupla conseguiu arrastar o homem, mas, nos trechos rochosos do terreno, tiveram que carregá-lo nas costas.
Em entrevista ao The Guardian, Gelje relatou ter convencido o turista chinês que o havia contratado a desistir de sua excursão para que o salvamento pudesse ser realizado.
Era muito importante para nós que o resgatássemos", contou o sherpa ao veículo. "Dinheiro pode ser ganhado a qualquer momento, mas aquele homem, se fosse deixado como estava, poderia ter morrido".
Também ao The Guardian, Bigyan Koirala, que trabalha no Departamento de Turismo da região, comentou que a execução de um resgate na zona da morte do Everest é muito difícil, de forma que os guias turísticos haviam realizado um feito e tanto para salvar a vida do malaio.
É quase impossível resgatar alpinistas nessa altitude. É uma operação muito rara", apontou ele.